"Em muitos lugares com culturas e crenças diferentes, existem relatos sobre
estranhos visitantes que surgem misteriosamentem, aparentando estar cumprindo
alguma estranha missão, desaparecendo misteriosamente da mesma forma como
surgem. Embora os fatos ocorram em locais distintos e em épocas diferentes, suas descrição é sempre a mesma: trajam ternos pretos e são indiferentes às pessoas à
sua volta.
Quem são eles? As pessoas que os avistam os chamam de "Os Homens
de Preto."
O Relato a seguir é sobre uma dessas estranhas visitas!
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Gostaria de relatar um acontecimento muito importante que ocorreu na época em
que minha mãe, atualmente já falecida, estava muito enferma na cama.
Naquela época eu acabara de tirá-la do hospital e resolví tratá-la em
casa.
Ela estava com enfisema Pulmonar e já respirava naquele tempo com o
balão (cilindro) de oxigênio que ficava na cabeceira da cama dela, permitindo
que ela respirasse melhor. Os seus pulmões já estavam tomados pela
doença.
Em casa eu tomava conta dela, pois já sabia como mexer e regular o
oxigênio para fazê-la respirar.
Mas antes ela ficara no hospital, e lá
disseram que ela não resistiria muito tempo.
Eu trabalhava na época, sendo
que a empregada tomava conta dela durante o dia, e a tardinha eu estava de
volta, permitindo que a empregada fosse embora, retornando somente na manhã
seuinte novamente.
Assim foi se passando o tempo. Eu alí cuidando dela a noite e a empregada de
dia.
Raramente recebíamos parentes para visitá-la. Até meu irmão quase não
aparecia.
Ela só contava comigo e com minha irmã que aparecia por lá, mas
também não tinha tempo.
O oxigênio era trocado mais ou menos de dois em dois
dias.
Geralmente era trocado durante o dia, mas com o tempo minha mãe foi
piorando, e o cilindro não tinha hora para acabar.
Aonde encomendava o
oxigênio era em um bairro mais ou menos perto.
Vinham dois rapazes entregar
o cilindro, sendo que para levá-lo ao quarto, eles tinham que descer umas
escadas para novamente subir para o sobrado, e chegar ao local onde ele seria
instalado.
Certa noite, percebí que o balão do oxigênio estava quase vazio, ele não
daria para até de manhã, e já era quase duas da madrugada.
Resolvi então
telefonar para a clínica que mandava em casa o cilindro de oxigêndio
cheio.
Minha mãe não podia ficar sem ele, ali era a respiração dela, apesar
de estar piorando seu estado de saúde.
Fiquei aflita ao ver que não daria
para chegar de manhã, então resolví telefonar e pedir que alguém trouxesse um
cilindro cheio em casa, mas o rapaz da empresa que atendeu a ligação me falou
que ele estava sozinho, e perguntou se tinha alguém para ajudá-lo, senão ele
sozinho não poderia entregar o cilindro e colocá-lo no lugar apropriado.
Na
minha aflição, vendo o estado em que minha mãe se encontrava, disse que “Sim”,
mas a verdade é que não tinha ninguém, só havia eu só com ela em casa.
Quando a Kombi chegou, eu desci as escadas e falei para ele que não tinha
ninguém para ajudá-lo, mas que eu faria tudo para pegar o balão junto com
ele.
Foi quando ele me disse que eu não auguentaria o peso, (relamente nem
sairia do chão), e foi quando ao olhar para um canto ví dois homens de terno
preto, e fui lá pedir ajuda à eles, pedindo que fizessem aquilo por
caridade.
Foi quando um olhou para o outro e falou assim ...”o que você
acha?” o outro respondeu, “vamos sim”,
Me sentí aliviada com aqueles dois
homens que logo pegaram o cilindro de oxigênio, sendo que até o rapaz da empresa
se afastou, e quando eles foram carregando o oxigênio, senti um arrepio muito
forte, e reparei que as roupas deles eram ternos pretos e os dois vestiam luvas
pretas também.
Fui ficando meio apavorada pensando em muitas coisas enquanto eles desceram
as primeiras escadas e subiram a outra que daria para o sobrado, isso sem eu
falar nada, porque quando ví eles com aquelas roupas e luvas pretas fui andando
atrás e ficando meio apavorada.
Logo eles subiram as escadas e ao abrir
aporta viram minha mãe em seu leito muito magrinha.
Então colocaram ao seu
lado o oxigêniso, isso sem dar uma palavra, e sairam logo em seguida sem sequer
olhar para mim.
Eu ali com o coração batendo forte de medo, fui atrás deles
e falei obrigada por tudo, eles não responderam, e quando fui na janela não os
avistei mais. Eles desapareceram como um vento.
O motorista da Kombi pensou
que eles iriam levar o carro dele, correu lá e não viu ninguém. Eles sumiram
como por encanto.
Achei que se eram das trevas vieram ali fazer uma caridade, e me lembrei sá
daquelas palavras “o que você acha?” de um para o outro , e o outro respondendo”
vamos sim”.
Se eles eram do outro mundo, vieram ali para me ajudar. E até hoje lembro do
fato, que para mim foi sobrenatural.
Ruth - Brasil
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