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sexta-feira, 22 de junho de 2012

A Harpa Mágica.


Uma vez um homem estava viajando e, acidentalmente, entrou no paraíso.Em um venerado mosteiro conservava-se uma Harpa mágica, da qual,segundo os antigos oráculos, brotaria uma melodia maravilhosa no dia em que fosse dedilhada por um artista capaz de tocá-la devidamente. Atraídos pelo oráculo e na esperança de se tornar famosos, muitos iam ao santuário, garantiam que eram grandes harpistas e pediam para que lhes deixassem tentar tocar a harpa mágica.Mas todos fracassavam, do instrumento só saiam os mais desagradáveis ruídos. Tanto os monges que viviam no mosteiro quanto o povo do lugar já haviam perdido as esperanças de que pudesse aparecer alguém capaz de tocar o instrumento misterioso quando, um dia, apresentou-se ali um humilde homem.Era um desconhecido e ninguém imaginava que chegaria a conseguir aquilo que tantos músicos célebres haviam fracassado. Quando o homem começou a dedilhar o instrumento com delicadeza, como se estivesse acariciando as cordas com os dedos,tinha-se a sensação de que a harpa e o harpista haviam sido fundidos em um único ser.Durante bastante tempo, que a todos lhes pareceu como um segundo, ouviram uma melodia com a qual sequer poderiam ter sonhado. Por fim, o homem acabou de tocar e devolveu com grande reverência a harpa aos monges; estes, maravilhados, perguntaram-lhe como conseguira tocar aquela música com um instrumento do qual os mais famosos músicos não haviam sido capazes de tirar sequer uma nota afinada. Então o homem respondeu com grande humildade: todos os que me precederam na tentativa chegaram com o propósito de usar a harpa para se envaidecer; eu, apenas me submetí inteiramente a ela e emprestei-lhe meus dedos, para que não fosse eu a lhe impor minha música, mas que ela pudesse cantar tudo o que leva dentro de si. Então, a madeira da harpa, que havia sido uma árvore centenária, vibrou para cantar o ritmo do Sol e da Lua, os resplendores da aurora e do ocaso, a força do vento, o rumor da chuva, o silêncio das nevadas, o calor do verão e o frio do inverno, a ilusão de tantas primaveras e a tristeza do outono; em suma, a história da própria natureza. É um instrumento maravilhoso que não pode ser tocado por aqueles que estão cheios de si mesmo; é preciso esvaziar-se diante da harpa para deixar que ela mesma toque a sua melodia… Autor desconhecido

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Conto Chinês.


Conta-se que, por volta do ano 250 a.C, na China antiga, um príncipe da região norte do País estava às vésperas de ser coroado Imperador, mas, de acordo com a lei, deveria se casar. Sabendo disso, resolveu fazer uma disputa entre as moças da corte, inclusive quem quer que se achasse digna de sua proposta que não pertencesse à corte. No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e apresentaria um desafio. Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe. Ao chegar à casa e relatar o fato à jovem filha, espantou-se ao saber que ela já sabia sobre o dasafio e que pretendia ir à celebração. Então, indagou incrédula: — Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça. Eu sei que você deve estar sofrendo, mas não transforme o sofrimento em loucura. A filha respondeu: — Não, querida mãe. Não estou sofrendo e muito menos louca. Eu sei perfeitamente que jamais poderei ser a escolhida. Mas é minha única oportunidade de ficar, pelo menos alguns momentos, perto do príncipe. Isto já me torna feliz. À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, inicialmente, o príncipe anunciou o desafio: — Darei a cada uma de vocês uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura Imperatriz da China. A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de cultivar algo, sejam relacionamentos, costumes ou amizades. O tempo foi passando. E a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisaria se preocupar com o resultado. Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara. Usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho; mas cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e da sua dedicação, a moça comunicou à mãe que, independentemente das circunstâncias, retornaria ao palácio na data e na hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe. Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes. Mas, cada jovem com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada. Nunca havia presenciado tão bela cena. Finalmente, chega o momento esperado e o príncipe passa a observar cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anunciou o resultado, indicando a bela jovem que não levara nenhuma flor como sua futura esposa. As pessoas presentes na corte tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque o príncipe havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente o príncipe esclareceu: — Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma Imperatriz. A flor da Honestidade. Pois, todas as sementes que entreguei eram estéreis. Autor desconhecido.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Simpatia para arrumar um bom casamento.


Se está querendo se casar,faça esta simpatia, que dá certo mesmo. Pelo menos ela foi eficaz para inúmeras mulheres do Brasil inteiro, segundo consta da tradição, passada de boca em boca. Embrulhe dezesseis folhas de laranjeiras com um pedaço de papel escritocom o seu nome e guarde tudo debaixo do colchão por dezesseis dias seguidos. Depois separe oito folhas e deposite aos pés de Santo Antônio numa igreja, quase todas as igrejas tem uma imagem do Santo. Com as oito folhas restantes faça uma especie de chá adicionando mel e perfume de verbena, e tome banho do pescoço para baixo, mas não jogue fora essas folhas. Para que a simpatia dê certo elas devesm ser colocadasaos pés do Santo Antonio no momento em que estiver sendo realizado um casamento. È importante que você faça essa simpatia com muita fé. Simpatia da Bruxinha Valentina.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Tigela de Madeira.


Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade. As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes. A família comia reunida à mesa. Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de comer. Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha da mesa. O filho e a nora irritaram-se com a bagunça. - Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai - disse o filho. - Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão. Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação. Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa tigela de madeira. Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou comida cair ao chão. O menino de 4 anos de idade assistia a tudo em silêncio. Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava no chão, manuseando pedaços de madeira. Ele perguntou delicadamente à criança: - O que você está fazendo? O menino respondeu docemente: - Oh, estou fazendo uma tigela para você e mamãe comerem, quando eu crescer. O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho. Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos. Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos. Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito. Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente conduziu-o à mesa da família. Dali para frente e até o final de seus dias ele comeu todas as refeições com a família. E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía, leite era derramado ou a toalha da mesa sujava... de Cláudio Seto.

O ratinho da cidade e o ratinho do campo.


Certo dia um ratinho do campo convidou seu amigo que morava na cidade para ir visitá-lo em sua casa no meio da relva. O ratinho da cidade foi, mas ficou muito chateado quando viu o que havia para jantar: grãos de cevada e umas raízes com gosto de terra. – Coitado de você, meu amigo! – exclamou ele. – Leva uma vida de formiga! Venha morar comigo na cidade que nós dois juntos vamos acabar com todo o toucinho deste país! E lá se foi o ratinho do campo para a cidade. O amigo mostrou para ele uma despensa com queijo, mel, cereais, figos e tâmaras. O ratinho do campo ficou de queixo caído. Resolveram começar o banquete na mesma hora. Mas mal deu para sentir o cheirinho: a porta da despensa se abriu e alguém entrou. Os dois ratos fugiram apavorados e se esconderam no primeiro buraco apertado que encontraram. Quando a situação se acalmou e os amigos iam saindo com todo o cuidado do esconderijo, outra pessoa entrou na despensa e foi preciso sumir de novo. A essas alturas o ratinho do campo já estava caindo pelas tabelas. – Até logo – disse ele. – Já vou indo. Estou vendo que sua vida é um luxo só, mas para mim não serve. É muito perigosa. Vou para minha casa, onde posso comer minha comidinha simples em paz. Moral: Mais vale uma vida modesta com paz e sossego que todo o luxo do mundo com perigos e preocupações. Fábulas do Esopo.

domingo, 17 de junho de 2012

Tem Pão Velho?


  Vou contar um fato corriqueiro, que inesperadamente trouxe-me uma grande lição de vida.
Era um fim de tarde de sábado, eu estava molhando o jardim da minha casa, quando fui interpelada por um garotinho com pouco mais de 9 anos, dizendo:
-Dona, tem pão velho?
Essa coisa de pedir pão velho sempre me incomodou desde criança.
Olhei para aquela criança tão nostálgica e perguntei:
-Onde você mora?
-Depois do zoológico.
-Bem longe, hein!
-É...mas eu tenho que pedir as coisas para comer.
-Você está na escola?
-Não. Minha mãe não pode comprar material.
-Seu pai mora com vocês?
-Ele sumiu.
E o papo prosseguiu,até que disse:
-Vou buscar o pão, serve pão novo?
-Não precisa não,a senhora já conversou comigo,isso é suficiente.
Esta resposta caiu em mim como um raio. Tive a sensação de ter absorvido toda a solidão e a falta de amor daquela criança,daquele menino de apenas 9 anos, já sem sonhos,sem brinquedos, sem comida, sem escola e tão necessitado de um papo,de uma conversa amiga.
Caros amigos, quantas lições podemos tirar desta resposta

"Não precisa não, a senhora já conversou comigo, isso é suficiente!"

Que poder mágico tem o gesto de falar e ouvir com amor!
Alguns anos já se passaram e continuam pedindo "pão velho"na minha casa e eu dando "pão novo",mas procurando antes compartilhar o pão das pequenas conversas, o pão dos gestos que acolhem e promovem.
Este Pão de Amor não fica velho, porque é fabricado no coração de quem
acredita naquele que disse:

-" EU SOU O PÃO DA VIDA"
                            Ana Luzia Tocafundo.   

Uma história de Amor.


Era uma vez uma ilha onde moravam os seguintes sentimentos:
a alegria, a tristeza, a vaidade, o amor e outros.
Um dia avisaram para os moradores dessa ilha que ela ia ser inundada .Apavorado, o amor cuidou para que todos os sentimentos se salvassem. Ele então falou:
- Fujam todos, a ilha vai ser inundada!
Todos correram para seus barquinhos, para irem a um morro bem alto. Só o amor não se apressou, pois queria ficar um pouco mais com sua ilha. Quando já estava se afogando correu para pedir ajuda. Estava passando a riqueza e ele disse:
- Riqueza leve-me com você!
Ela respondeu:
- Não posso, meu barco está cheio de ouro e prata e você não vai caber!
Passou então a vaidade e ele pediu:
- Oh! vaidade, leve-me com você!
- Não posso, vai sujar meu barco!
Logo atrás vinha a tristeza.
- Tristeza, posso ir com você?
- Ah amor! Estou tão triste que prefiro ir sozinha!
Passou a alegria, mas estava tão alegre que nem escutou o amor chamar por ela.
Já desesperado, achando que ia ficar só, o amor começou a chorar. Então passou um barquinho onde estava um velhinho, e ele falou:
- Sobe amor que eu te levo.
O amor ficou radiante de felicidade que até esqueceu de perguntar o nome do velhinho. Chegando ao morro bem alto, onde estavam os sentimentos, ele perguntou à sabedoria:
- Sabedoria, quem era o velhinho que me trouxe aqui?
Ela respondeu:
- O tempo!
- O tempo?? Mas por que o tempo?
- Por que só o tempo é capaz de entender um grande amor.
  autor desconhecido.

sábado, 16 de junho de 2012

O Fazendeiro, o Filho e o Burro


"Um fazendeiro e seu filho viajavam para o mercado, levando consigo um burro. Na estrada, encontraram umas moças salientes, que riram e zombaram deles: - Já viram que bobos? Andando a pé, quando deviam montar no burro? O fazendeiro, então, ordenou ao filho: - Monte no burro, pois não devemos parecer ridículos. O filho assim o fez. Daí a pouco, passaram por uma aldeia. À porta de uma estalagem estavam uns velhos que comentaram: - Ali vai um exemplo da geração moderna: o rapaz, muito bem refestelado no animal, enquanto o velho pai caminha, com suas pernas fatigadas. - Talvez eles tenham razão, meu filho, disse o pai. Ficaria melhor se eu montasse e você fosse a pé. Trocaram então as posições. Alguns quilometros adiante, encontraram camponesas passeando, as quais disseram: -A crueldade de alguns pais para com os filhos é tremenda! Aquele preguiçoso, muito bem instalado no burro, enquanto o pobre filho gasta as pernas. - Suba na garupa, meu filho. Não quero parecer cruel, pediu o pai. Assim, ambos montados no burro, entraram no mercado da cidade. - Oh!! Gritaram outros fazendeiros que se encontravam lá. Pobre burro, maltratado, carregando uma dupla carga! Não se trata um animal desta maneira. Os dois precisavam ser presos. Deviam carregar o burro às costas, em vez de este carregá-los. O fazendeiro e o filho saltaram do animal e carregaram-no. Quando atravessavam uma ponte, o burro, que não estava se sentindo confortável, começou a escoicear com tanta energia que os dois caíram na água." (Quem a todos quer ouvir, por ninguém é ouvido. Fábulas de Esopo.

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Vidas e Sonhos

Vidas e Sonhos
Sonhar é transportar num Mundo de Sonhos
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