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sexta-feira, 15 de março de 2013

O castelo encantado. conto Budista.


o capítulo sétimo "KEJOYU" (Parábola do Castelo Encantado), Sakyamuni inicia contando a história de um Buda chamado Daitsu (ou Daitsuticho) que viveu em uma terra chamada Kojo (Bem Completa), na época Daisso (Grande Forma), em um tempo chamado sanzen-jintengo (ou seja, uma época situada a cerca de tres mil aeons vezes dezesseis milhões de anos, portanto no remotíssimo passado). Esse Buda Daitsu que era pai de dezesseis filhos, atingiu a iluminação e foi homenageado pelos filhos que imploraram para que o pai lhes ensinasse a Lei, para a salvação deles e das outras pessoas, de forma que pudessem obter a Sabedoria. O Buda então pregou o Sutra de Lótus para os filhos e as pessoas, durante muitíssimo tempo. Todos os filhos acreditaram e praticaram, enquanto muitas das outras pessoas tiveram dúvidas. O Buda Daitsu, então, após deixar a profunda meditação, dirigiu-se à audiência dizendo : "Estes dezesseis Bodhisattvas de excelente sabedoria empreenderam uma dificílima prática numa existência prévia da vida. Quem acreditar e acalentar a Lei que eles expõem atingirá a iluminação". O Buda Sakyamuni, então, continua (no sétimo capítulo do Sutra de Lótus) dizendo que todos aqueles Bodhisattvas já atingiram a iluminação, como Budas, e que estão ensinando a Lei em seus próprios mundos. E acrescenta que o décimo-sexto filho é ele próprio, Sakyamuni. Aqueles que o haviam ouvido pregar, desde aquela época remota de sanzen jintengo, e tiveram fé no Sutra de Lótus, dividiram-se em dois grupos. O primeiro foi constituído por aqueles que continuaram a prática e atingiram a iluminação. O segundo grupo abandonou, mais tarde, a fé no Sutra de Lótus e aceitou ensinos budistas inferiores. Estes últimos foram aqueles que renasceram como discípulos de Sakyamuni, na Índia, para ouví-lo pregar novamente o Sutra de Lótus e recuperar a fé, para atingir a iluminação. Assim, Sakyamuni relata a parábola do castelo encantado e da terra do tesouro. Existiu, certa vez, uma terra do tesouro num lugar muito distante. A estrada que lhe dava acesso era terrível e era quase impossível caminhar por ela. Certo dia, um grupo de pessoas resolveu ir a essa grande terra. Junto a eles, ia um excelente guia conhecido pela sua sabedoria e familiaridade com a estrada. Seu único desejo era superar todas as dificuldades ao longo do caminho e levar as pessoas ao seu destino, em segurança. Durante a viagem, entretanto, as pessoas ficaram cansadas e disseram ao guia : * "Estamos exaustos e esta estrada é horrível. O destino é muito distante para ser alcançado. Queremos voltar para casa". Ouvindo-os reclamar, o guia percebeu que seria terrível se as pessoas desistissem no meio do caminho, sem ver a terra. E assim, com poderes místicos, o guia fez um castelo encantado aparecer diante do grupo, e disse : * "Não percam a coragem. Não é preciso voltar. Vejam o castelo diante de vocês. Depois de entrar, terão paz e segurança." Animados, eles disseram : * "Nunca vimos um castelo tão esplêndido. Agora podemos descansar e esquecer as nossas preocupações." Com muita vontade, entraram no castelo encantado e descansaram, convencidos de terem encontrado a verdadeira felicidade. Logo, eles recuperaram os ânimos, mas então, para assombro de todos, o guia fez o castelo encantado desaparecer. Ele disse : * "Vamos partir. O verdadeiro tesouro não está longe. O castelo onde acabam de repousar é apenas uma ilusão que criei para vocês descansarem." E assim, o grupo pode continuar a viagem, pela difícil estrada, em direção à terra dos tesouros." Explanação Depois de contar a parábola, Sakyamuni explicou o significado. Ele disse que o guia representa o Buda. O Buda orienta as pessoas que trilham os maus caminhos da vida, para que elas possam atingir a iluminação. Se as pessoas ouvissem apenas o ensino do supremo veículo (o Estado, ou Caminho, ou Veículo da Budicidade --- veja, neste site a respeito da Filosofia e Princípios Básicos do Budismo) iriam pensar: " O caminho para o Estado de Buda é muito distante. Teremos que nos esforçar dolorosamente, por longo tempo, a fim de conseguí-lo". O Buda Sakyamuni entendia as pessoas e procura dar-lhes descanso durante o caminho. Portanto, neste capítulo sétimo, Sakyamuni define o castelo encantado como um meio (um expediente) para conduzir as pessoas à terra do tesouro (Estado de Buda), onde podem gozar felicidade absoluta. Ou seja, o castelo encantado representa os ensinos dos três veículos (Estados de Erudição, de Absorção e de Bodhisattva). Para os discípulos de Sakyamuni, o Buda expôs os ensinos dos três veículos como trampolim para ajudá-los a avançar ao destino final. Nitiren Daishonin interpreta esta parábola sob um ponto de vista mais profundo. no Ongui Kuden (Registros dos Ensinos Orais), ele revela o princípio de que o castelo encantado representa as nossas vidas como mortais comuns. A terra do tesouro representa o Estado de Buda. Ou seja, as nossas vidas contêm o Estado de Buda. Nós somos seres transitórios ou mortais, que sempre sofrem com os desejos mundanos ou se acomodam com satisfações passageiras e voláteis desses desejos, voltando a sofrer. Entretanto, Daishonin inscreveu o Gohonzon para mostrar o princípio da transformação do castelo encantado numa terra do tesouro, sem que precisemos ir a nenhum outro lugar senão dentro de nós próprios. Quando fazemos nossa prática, recitando Daimoku ao Gohonzon, nós nos manifestamos como entidades do Estado de Buda. Então, a nossa residência, não importando onde esteja, transforma-se instantaneamente e simultaneamente em nossa própria terra do tesouro. Para isso, precisamos, também, exercitar, com benevolência e sabedoria, a prática de semear o Sutra de Lótus, adubando, irrigando e cuidando, com carinho e devoção, da semente do Estado de Buda que existe na vida de todas as pessoas destes nossos dias. Neste capítulo sétimo, Sakyamuni também esclarecesse que a relação entre o mestre e o discípulo não se limita a uma vida, mas continua por toda a eternidade. Sakyamuni afirma : "Existência após existência eles sempre nasceram juntos com os seus mestres, nas terras dos Budas, em todo o universo." Não foi por simples acaso que nós nascemos neste mundo e conhecemos o Budismo de Nitiren Daishonin, praticando sob a orientação de nosso Mestre, Daisaku Ikeda. O mestre e o discípulo sempre nasceram no mesmo mundo, para praticarem juntos, para propagarem juntos o Sutra de Lótus e para, juntos, conduzirem as pessoas à felicidade e à sabedoria absolutas do Estado de Buda. Preciosa Colaboração de Márcio Barros As Mais Belas Histórias Budistas -

sábado, 9 de março de 2013

A árvore generosa (Shel Silvertein, adapt. Fernando Sabino)


Era uma vez uma Árvore que amava um Menino. Todos os dias, o Menino vinha e juntava suas folhas. E com elas fazia coroas de rei. E com a Árvore, brincava de rei da floresta. Subia em seu grosso tronco, balançava-se em seus galhos! Comia seus frutos. E quando ficava cansado, o Menino repousava à sua sombra fresquinha. O Menino amava a Árvore profundamente. E a Árvore era feliz! Mas o tempo passou e o Menino cresceu! Um dia, o Menino veio e a Árvore disse: - Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos, repousar à minha sombra e ser feliz! - Estou grande demais para brincar. – o Menino respondeu – Quero comprar muitas coisas. Você tem algum dinheiro que possa me oferecer? - Sinto muito, – disse a Árvore – eu não tenho dinheiro. Mas leve os frutos, Menino. Vá vendê-los na cidade, Então terá o dinheiro e você será feliz! E assim o Menino subiu pelo tronco, colheu os frutos e levou-os embora. E a Árvore ficou feliz! Mas o Menino sumiu por muito tempo, e a Árvore ficou tristonha outra vez. Um dia, o Menino veio e a Árvore estremeceu, tamanha a sua alegria, e disse: - Venha, Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos e ser feliz! - Estou muito ocupado pra subir em Árvores – disse o menino -. Eu quero uma esposa, eu quero ter filhos, pra isso é preciso que eu tenha uma casa. Você tem uma casa pra me oferecer? - Eu não tenho casa, – a Árvore disse – mas corte meus galhos, faça a sua casa e seja feliz. O Menino depressa cortou os galhos da Árvore e levou-os embora pra fazer uma casa. E a Árvore ficou feliz! O Menino ficou longe por um longo, longo tempo, e no dia que voltou, a Árvore ficou alegre, de uma alegria tamanha que mal podia falar: - Venha, venha, meu Menino, – sussurrou – venha brincar! - Estou velho para brincar, – disse o Menino – e estou também muito triste. Eu quero um barco ligeiro que me leve pra bem longe. Você tem algum barquinho que possa me oferecer? - Corte meu tronco e faça seu barco. – a Árvore disse – Viaje pra longe e seja feliz! O Menino cortou o tronco, fez um barco e viajou. E a Árvore ficou feliz, mas não muito! Muito tempo depois, o Menino voltou: - Desculpe Menino, – a Árvore disse – não tenho mais nada pra te oferecer. Os frutos já se foram. - Meus dentes são fracos demais pra frutos – falou o Menino. - Já se foram os galhos para você balançar – a Árvore disse. - Já não tenho idade pra me balançar – falou o menino. - Não tenho mais tronco pra você subir – a Árvore disse. - Estou muito cansado e já não sei subir – falou o Menino. - Eu bem que gostaria de ter qualquer coisa pra lhe oferecer – suspirou a Árvore -, mas nada me resta e eu sou apenas um toco sem graça. Desculpe… - Já não quero muita coisa – disse o Menino -, só um lugar sossegado onde possa me sentar, pois estou muito cansado. - Pois bem – respondeu a Árvore, enchendo-se de alegria. – Eu sou apenas um toco, mas um toco é muito útil pra sentar e descansar. Venha Menino, depressa, sente-se em mim e descanse. Foi o que o Menino fez. E a Árvore ficou feliz! “A Amizade é um sentimento que se leva para sempre.”

quarta-feira, 6 de março de 2013

A casa.


Certo dia, a solidão bateu à porta de um grande sábio. Ele convidou-a para entrar. Pouco depois, ela saiu decepcionada. Havia descoberto que não podia capturar aquele ser bondoso, pois ele nunca estava sozinho: estava sempre acompanhado pelo amor de Deus. De outra feita, a ilusão também bateu à porta daquele sábio. Ele, amorosamente, convidou-a a entrar em sua humilde morada. Logo depois, ela saiu correndo e gritando que estava cega. O coração do sábio era tão luminoso de amor que havia ofuscado a própria ilusão. Em um outro dia, apareceu a tristeza. Antes mesmo que ela batesse à porta, o sábio assomou a cabeça pela janela e dirigiu-lhe um sorriso enternecedor. A tristeza recuou, disse que era engano e foi bater em alguma outra porta que não fosse tão luminosa. A fama do sábio foi crescendo e a cada dia novos visitantes chegavam, objetivando conquistá-lo em nome da tentação. Em um dia era o desespero, no outro a impaciência. Depois vieram a mentira, o ódio, a culpa e o engano. Pura perda de tempo: o sábio convidava todos a entrar e eles saíam decepcionados com o equilíbrio daquela alma bondosa. Porém, um dia a morte bateu à sua porta. Ele convidou-a a entrar. Os seus discípulos esperavam que ela saísse correndo a qualquer momento, ofuscada pelo amor do mestre. Entretanto, tal não aconteceu. O tempo foi passando e nem ela nem o sábio apareciam. Os discípulos, cheios de receio, penetraram a humilde casa e encontraram o cadáver de seu mestre estirado no chão. Começaram a chorar ao ver que o querido mestre havia partido com a morte. Na mesma hora, entraram na casa a ilusão, a solidão e todos os outros servos da ignorância que nunca haviam conseguido permanecer anteriormente naquele recinto. A tristeza dos discípulos havia aberto a porta e os mantinha lá dentro. Moral da história: “Entram em nossa morada aqueles a quem convidamos, mas só permanecem conosco aqueles que encontram ambiente propício para se estabelecerem.”

terça-feira, 5 de março de 2013

Proteja-se. Ligue-se À Meditação.


Em nossas andanças pela vida , no nosso trabalho, diário, aprendemos tanto quanto se tivéssemos lido centenas de livros. Além disso, contamos com o poder da intuição, que é uma faculdade de ensinamentos profundos e de grande validade. Mai uma vez, portanto chegamos a uma conclusão pela prática. Compreendemos que nem sempre devemos ir a determinados lugares apenas para que sejamos agradáveis a alguém. Devemos sim, ir para onde somos atraídos pela nossa intuição, que é como um sensor. Você já ouviu falar em poluição mental? Não? Bem como é algo invisível, se não estivermos afinados como nossa intuição, acabamos à mercê de pessoas incrédulas que encaram isso como grande bobagem. No entanto você já notou como se sente bem em alguns ambientes enquanto em outros fica pouco à vontade? É que em certos lugares existe uma espécie de poluição invisível, que você não vê mas sente. Devemos dar preferências a lugares abertos, ou reuniões ondem estejam pessoas que não sintamos ligados por afinidade. Procure ficar ligado por intuição a pessoas que tenham o mesmo pensamento que você , e não ficar perto de pessoas que vivem reclamando da vida, esta está sujeita a te envolver em negatividade, e com isso lhe prejudica a sua vida também. Tenha em mente sempre que a escuridão persegue a luz. Você é a luz que sempre será perseguida por estas pessoas negativas , mas se afaste sem que ela perceba. Sua luz é sua Vida. de Ruth para "Vidas e Sonhos".

segunda-feira, 4 de março de 2013

Sinceridade tem limite.


A sinceridade é uma qualidade das pessoas honestas e éticas. Quem disser o contrário pode estar sendo tudo, menos sincero… Mas há diferenças entre sinceridade e rudeza. Ser sincero de verdade é agir com lisura e respeito. Já ser sincero com rudeza é desrespeitar o próximo. Há pessoas que são ferinas alegando ser sinceras. A verdade não existe para humilhar ninguém e sim para construir. Há formas e “formas” de ser sincero. Existe sempre um jeito de ser sincero sem destruir, e isso faz parte da arte do bom interrelacionamento pessoal. Sendo mais clara: é a educação pessoal ou o jeito de trabalhar as palavras que separa o joio e o trigo, o sincero e o rude, o sensato e o ignorante. Uma regrinha para um bom convívio pessoal é usar de sinceridade e também guardar uma certa reserva. É necessário saber dosar o que falamos para não magoar as pessoas. É claro que podemos e devemos ter nossa opinião sobre vários temas e pessoas. Mas, ao emitir essa opinião com sinceridade, convém ter educação, equilíbrio e discrição. Ninguém precisa escancarar sua vida como se fosse um “livro aberto”. Nem exigir que os outros façam o mesmo. Já pensou se todos falassem tudo o que pensam? As pessoas se entenderiam menos ainda… Não pense o leitor que estou pregando a dissimulação ou a hipocrisia. Não! Mas se ninguém é igual a ninguém a diversidade de pensamentos é uma realidade. O que não significa que devemos nos levar pela intolerância. Ao contrário. Quem quiser ter sua opinião respeitada precisa respeitar a do outro. E isso não implica em concordar ou discordar dos outros, mas dar limite às nossas falas. Às vezes, guardar a palavra é um preceito bíblico muito pouco observado. Então, se você tinha dúvida, já sabe: a sinceridade não está só no conteúdo do que falamos, mas também na forma. Uma pessoa que usa da sinceridade bruta pode até acertar no conteúdo. Mas peca feio na forma e na intenção. Age com uma sinceridade maldosa, embora o termo pareça contraditório. Faria melhor se fechasse a boca. Antes de dizer uma verdade, ainda mais quando ela parece dura ou dolorosa, se coloque no lugar da pessoa que vai ouvi-la. Avalie como ela a receberá e formule sua fala de um jeito que não a machuque. Ou, então, que a machuque o menos possível. É sempre possível ser sincero com delicadeza. Lembre-se: muita gente já se arrependeu por ter falado coisas sinceras sem pensar. E o que sai de errado da boca do homem geralmente termina em confusão. Maria Helena Brito Izzo, terapeuta clínica e familiar. Texto retirado da Revista Família Cristã.

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Vidas e Sonhos

Vidas e Sonhos
Sonhar é transportar num Mundo de Sonhos
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