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sexta-feira, 15 de maio de 2015

O LIVRO DOS MILAGRES.


Um homem religioso tinha um hábito incomum: guardava dinheiro dentro do seu exemplar da Bíblia Sagrada. Acreditava que, assim fazendo, Deus abençoava as células ali guardadas. Certo dia, recebeu seu salário no banco, separou uma nota de grande valor, pôs dentro da Bíblia - que frequentemente conduzia consigo, tomou o ônibus e foi para casa. Ao descer da condução, esqueceu a bíblia, que ficou no banco ao lado onde sentara. Quando percebeu, era tarde, o ônibus já havia dobrado a esquina e seguido seu destino. Embora triste com a perda, desejou que Deus pusesse aqueles bens – a Bíblia e o dinheiro - em mãos merecedoras. Lá adiante, um grupo de jovens estudantes entrou no ônibus e qual não foi o alarde que os moços fizeram quando viram a Bíblia ali deixada. Começaram a tirar a sorte para ver quem ficaria com o livro. Nenhum deles queria a oferta, tratada, naquele instante, como algo humilhante. Trocavam brincadeiras, galhofas e acusações. - É tua, que és metido a santo! - dizia um. - Repara, é tua, que és pecador arrependido! - dizia o outro. Durante um bom tempo o livro foi passado de mão em mão, servindo sempre como motivo de gracejo entre o grupo. Mais adiante, adentrou o ônibus um jovem, também estudante, conhecido da turma que brincava com a Bíblia. Era um moço humilde, de poucas posses, de conduta serena e que, por conta disso, era sempre alvo de gozação dos seus companheiros. Ao vê-lo entrar, o deboche foi geral e, para espanto do moço, entregaram-lhe a Bíblia, debaixo de forte zombaria e risadas. O rapaz recebeu o livro com naturalidade, sem dar mostras de que havia se magoado com os insultos. Sentou-se no último banco do ônibus e pôs-se resignadamente a folheá-lo quando, para sua surpresa, e de todos os que o observavam, descobriu a cédula ali existente. Era a mais elevada quantia em circulação no país. Contente, o moço retirou a cédula de dentro da Bíblia, dobrou-a e colocou-a no bolso. Pôs no rosto um largo sorriso de vitória, encarou seus ex-gozadores que se olhavam silenciosos e perplexos, e disse agradecido: "Obrigado!... eu estava precisando." Na página onde se encontrava o dinheiro, lia-se um ensino de Jesus, grafado pelo ex-dono da Bíblia: "Aquele que se exaltar será humilhado e aquele que se humilhar será exaltado" (Mateus 23;12)

quinta-feira, 14 de maio de 2015

CHORO DE MULHER.


"Um garotinho perguntou à sua mãe: - Mamãe, porque você está chorando? E ela respondeu: - porque sou mulher... - Mas, eu não entendo... A mãe se inclinou para ele, abraçou-o e disse: - Meu amor, você jamais irá entender! Mais tarde, o menininho perguntou ao pai: - Papai, por que a mamãe às vezes chora sem motivo? O homem respondeu: - Todas as mulheres sempre choram sem nenhum motivo. Era tudo o que o pai era capaz de responder. O garotinho cresceu e se tornou um homem. E, de vez em quando, fazia a si mesmo a mesma pergunta: - Por que será que as mulheres choram sem ter motivo para isso? Certo dia esse homem se ajoelhou e perguntou a Deus: - Senhor, diga-me, porque as mulheres choram com tanta facilidade? E Deus lhe disse: - Quando eu criei a mulher tinha de fazer algo muito especial. Fiz seus ombros suficientemente fortes capazes de suportar o peso do mundo inteiro, suficientemente, porém, suaves para confortá-lo! Dei a ela uma imensa força interior, para que pudesse suportar as dores da maternidade e também o desprezo que muitas vezes provém de seus próprios filhos! Dei-lhe a fortaleza que lhe permite continuar sempre a cuidar da sua família, sem se queixar, apesar das enfermidades e do cansaço, até mesmo quando todos os outros entregam os pontos. Dei-lhe a sensibilidade para amar seus filhos, em quaisquer circunstâncias, mesmo quando estes filhos a tenham magoado muito. Essa sensibilidade lhe permite afugentar qualquer tristeza, choro ou sofrimento da criança e compartilhar as ansiedades, dúvidas e medos da adolescência! Para que possa, porém, suportar tudo isso, meu filho, eu lhe dei as lágrimas e são exclusivamente suas, para usá-las quando precisar. Ao derramá-las a mulher verte em cada lágrima um pouquinho do amor. Essas gotas de amor desvanecem no ar e salvam a humanidade . O homem com um profundo suspiro respondeu: - Agora eu compreendo o sentimento de minha mãe, de minha irmã, de minha esposa e de minhas filhas... Obrigado, meu Deus, por ter criado a mulher.

O irmãozinho e a irmãzinha. " Contos Infantis"


O irmãozinho pegou a irmãzinha pela mão e disse: — “Desde que a nossa mãezinha morreu não fomos mais felizes, e a nossa madrasta bate em nós todos os dias, e se tentamos nos aproximar dela, ela nos expulsa com os pés. A nossa refeição são os pedaços de pães duros que sobram, e o cachorrinho que fica debaixo da mesa tem mais sorte, porque para ele ela joga pedaços melhores. Tomara que o céu tenha pena de nós. Se a nossa mãe soubesse! Venha, vamos sair e andar pelo mundo.” Eles andaram o dia todo pelas pradarias, campos, e lugares cheios de pedras, e quando chovia a irmãzinha dizia: — “O céu e os nossso corações estão chorando juntos.” À noite, eles chegaram a uma grande floresta, e eles estavam tão cansados de tristeza e fome, e também por causa da longa caminhada, que eles se deitaram numa árvore oca e dormiram. No dia seguinte quando eles acordaram, o sol já ía alto no céu, e lançava seus raios escaldantes sobre as árvores. Então, o irmão disse: — “Irmãzinha, estou com sede, se eu conhecesse algum riacho por aqui, eu iria para pegar água para beber, acho que estou ouvindo um aqui perto.” O irmão se levantou e pegou a irmãzinha pela mão, e partiram para encontrar o riacho. Mas a madrasta malvada era uma bruxa, e ela viu quando as crianças foram embora, e saiu às escondidas atrás deles sem que eles notassem, como as bruxas costumam fazer, e ela tinha enfeitiçado todos os riachos da floresta. Ora, quando eles haviam encontrado um pequeno riacho pulando alegremente por sobre as pedras, o irmão ia beber um pouco de água, mas a irmã escutou uma voz que vinha do riacho: — “Quem beber de mim será um tigre, quem beber de mim será um tigre.” Então a irmã exclamou: — “Por favor, querido irmão, não beba, ou você se transformará num animal selvagem, e vai me rasgar em pedaços.” O irmão não bebeu, embora ele estivesse com muita sede, mas ele disse, — “Saberei esperar pela próxima fonte.” Q uando eles chegaram no próximo riacho a irmã ouviu quando ele também disse: — “Quem beber de mim será um lobo, quem beber de mim será um lobo.” Então a irmã gritou: — “Por favor, querido irmão, não beba essa água, ou você vai ser tornar um lobo, e irá me devorar.” O irmão não bebeu, e disse: — “Eu vou esperar até quando chegarmos na próxima fonte, mas eu então eu vou beber, diga você o que disser, porque a minha sede é grande demais.” E quando eles chegaram na terceira fonte, a irmã ouviu que as águas diziam: — “Quem beber de mim será um cabrito, quem beber de mim será um cabrito.” A irmã disse: — “Oh, eu te imploro, meu irmão, não beba ou você irá se transformar num cabrito e irá fugir para longe.” Mas o irmão se ajoelhou no mesmo instante na margem do rio, e se inclinou e bebeu um pouco de água, e assim que as primeiras gotas tocaram os lábios dele, ele se transformou num filhote de cabrito. E a irmãzinha começou a chorar porque o irmãozinho havia sido enfeitiçado, e o pequeno cabrito também chorou, e se sentou amargurado perto dela. Mas, por fim, a garota disse: — “Fique tranquilo, meu querido cabritinho, eu nunca, nunca vou te deixar.” Então ela soltou sua liga dourada, e a colocou em volta do pescoço do cabrito, e ela colheu juncos e os trançou transformando-os numa corda macia. Assim ela amarrou o pequeno animal e poderia conduzí-lo, e ela andava e andava cada vez mais para dentro da floresta. E quando eles tinham percorrido uma grande parte do caminho, eles chegaram, finalmente, em uma pequena cabana, e a garota olhou dentro, e a cabana estava vazia, então ela pensou: — “Nós poderíamos ficar aqui e morar.” Então ela começou a procurar folhas e musgos para fazer uma cama macia para o cabrito, e todas as manhãs ela saía para colher raízes, frutas e nozes para ela, e trazia grama verde para o cabrito, que comia tudo na mão dela, e estava contente e ficava brincando em volta dela. À noite, quando a irmãzinha estava cansada, e após ter feito as suas orações, ela punha a sua cabeça nas costas do cabritinho, que ficava como travesseiro, e ela dormia suavemente sobre ele. E se o seu irmão adquirisse de volta a sua forma humana, a vida se tornaria maravilhosa.lD urante algum tempo eles ficaram sozinhos na selva. Mas um dia o rei daquele país realizou uma grande caçada na floresta. Então se ouviram rajadas de buzinas, latidos de cães, e os gritos felizes dos caçadores ecoavam pelas árvores, e o cabrito ouvia tudo, e estava muito curioso para estar lá. — “Oh,” disse ele para a irmã, “eu também quero ir caçar, não aguento de vontade,” e ele insistia tanto que finalmente ela concordou. — “Mas,” disse ela para ele, “volte quando anoitecer, porque eu preciso fechar a porta para que os caçadores não entrem, então bata na porta e diga: “Minha irmãzinha, me deixe entrar!” para que eu possa saber que é você, e se você não disser isso, eu não abro a porta.” Então o pequeno cabritinho saiu dando pulinhos, porque ele estava muito feliz e era livre como um pássaro. O rei e o caçador viram a linda criaturinha, e partiram em direção a ele, mas não conseguiram pegá-lo, e quando eles achavam que estavam quase conseguindo, ele fugia para longe pelo meio do mato até que não conseguiam mais vê-lo. Quando ficou escuro ele correu para a choupana, bateu na porta e disse: — “Minha irmãzinha, me deixe entrar.” Então a porta se abriu para ele, e ele entrou dando pulinhos, e descansou a noite inteira em sua cama macia. No dia seguinte a caça recomeçou, e quando o cabritinho ouviu novamente o toque da corneta, e o rou! rou! dos caçadores, ele não teve paz, mas disse: “Irmãzinha, me deixe sair, eu preciso sair.” Sua irmã abriu a porta para ele, e disse: “Mas você tem de estar aqui novamente ao anoitecer e dizer a sua senha para entrar.” Quando o rei e os caçadores novamente avistaram o cabritinho com um colar de ouro, todos se puseram a caçá-lo, mas ele era muito rápido e ágil para eles. E assim foi o dia todo, mas, finalmente, ao anoitecer, os caçadores o cercaram, e um deles o feriu no pé de leve, de maneira que ele mancava e corria devagar. Então um caçador seguiu escondido atrás dele até a cabana e ouviu quando ele disse: “Minha irmãzinha, me deixe entrar,” e viu que a porta se abriu para ele, e se fechou imediatamente. O caçador tomou nota de tudo, e foi até o rei e contou para ele o que ele tinha visto e ouvido. Então o rei disse: “Amanhã nós voltaremos a caçar.”irmãzinha, todavia, ficou muito assustada quando ela viu que o seu cabritinho estava machucado. Ela lavou a ferida dele, colocou ervas no machucado, e disse: “Vá dormir, querido cabritinho, para que você fique bom logo.” Mas o ferimento era tão superficial que o cabritinho, na manhã seguinte, não sentia mais nada. E quando ele ouviu barulho de caça do lado de fora, ele disse: “Eu não aguento mais, eu preciso sair, eles verão que não é tão fácil me pegar.” A irmã exclamou e disse: “Desta vez eles vão te matar, e aí eu ficarei sozinha na floresta, abandonada por todo mundo. Não vou deixar você sair.” “Aí é que eu vou morrer de tristeza,” respondeu o cabrito, “quando eu ouço o toque da corneta, eu sinto como se fosse pular para fora de mim mesmo.” Então a irmãzinha não poderia fazer outra coisa, mas abriu a porta para ele com uma dor no coracão, e o cabritinho, cheio de saúde e alegria, correu para a floresta. Quando o rei o viu, ele disse para o caçador: “Agora vamos caçá-lo o dia todo até o cair da noite, mas tomem cuidado para que ninguém o machuque. E assim que o sol se pôs, o rei disse para os caçadores: “Agora venham e me mostrem a cabana da floresta,” e quando o rei estava na porta, e bateu e chamou: “Querida irmãzinha, me deixe entrar.” Então a porta se abriu, e o rei entrou, e lá estava a jovem mais adorável que ele já viu. A jovem ficou assustada quando viu não o seu cabritinho, mas um homem que vinha usando uma coroa de ouro na cabeça. Mas o rei olhou gentilmente para ela, estendeu a sua mão, e disse: “Você iria comigo para o meu palácio e seria a minha esposa adorada?” “Sim, majestade,” respondeu a jovem, “mas o pequeno cabritinho deve ir comigo, não posso deixá-lo.” O rei disse: “Ele ficará com você enquanto você viver, e não lhes faltará nada.” Só então o cabritinho veio correndo, e a irmã novamente o amarrou com a corda feita de juncos, o pegou em suas mãos, e foi embora da cabana com o rei. O rei levou a linda jovem em seu cavalo e a conduziu ao palácio, onde o casamento foi realizado com grande pompa. Agora ela tinha se tornado rainha, e eles viveram felizes e juntos por muito tempo, o cabritinho era cuidado com muito amor e carinho, e passava o tempo correndo pelos jardins do palácio. Mas a madrasta perversa, a qual era a culpada pelas crianças terem saído pelo mundo, achava o tempo todo que a irmãzinha tinha sido reduzida a pedacinhos pelos animais selvagens da floresta, e que o irmão tinha sido morto como cabritinho pelos caçadores. Então quando ela soube que eles estavam tão felizes, e passavam bem, a inveja e o ódio tomaram conta do seu coração e ela não conseguia ter paz, e ela não queria pensar em nada que não fosse infelicitar a vida deles novamente. A sua própria filha, que era tão feia quanto um filhote de cruz credo com Deus me livre, era caolha, e disse resmungando para ela: “Rainha, eu é que devia ser a rainha.” “Pode ficar sossegada,” respondeu a velhinha, e a consolova dizendo: “quando chegar a hora eu estarei preparada.” A medida que o tempo passava, a rainha teve um menino lindo, e um dia o rei tinha saído para caçar, então a velha bruxa tomou a forma da camareira, foi para o quarto onde a rainha ficava, e disse a ela: “Venha, o seu banho está pronto, ele lhe fará bem, e vai lhe proporcionar novas forças, apresse-se antes que esfrie!” A filha também estava perto, então elas levaram a rainha para o banheiro, e a colocaram na banheira, depois, elas trancaram a porta e saíram correndo. Mas no banheiro, elas tinham aquecido o banho com um calor tão infernal que a bela e jovem rainha se sentiu sufocada. D epois de terem feito isso, a velha pegou a sua filha e colocou uma touca de dormir na cabeça dela, e a colocou na cama do rei no lugar da rainha. Ela deu à filha a forma e a aparência da rainha, ela somente não conseguiu melhorar o olho que a sua filha tinha perdido. Mas para que o rei não percebesse isso, ela deveria se deitar do lado onde ela não tinha um olho. À noite, quando o rei voltou para casa, e soube que ele tinha um filho ele ficou muito feliz, e foi para a cama da sua querida esposa para saber como ela estava. Mas a velha gritou rapido: “Pela tua vida, mantenha as cortinas fechadas, a rainha não pode ver a luz ainda, e precisa descansar.” O rei saiu, e não descobriu que a falsa rainha estava deitada na cama. Mas a meia noite, quando todos estavam dormindo, a babá, que estava sentada no quarto do bebê perto do berço, e que era a única pessoa acordada, viu a porta aberta e a verdadeira rainha entrando. A jovem rainha tirou a criança do berço, colocou-a em seus braços, e deu de mamar a ela. Depois ela sacudiu o travesseirinho, deitou novamente a criança, e a cobriu com uma pequena manta. E ela não se esqueceu do cabritinho, mas foi até o cantinho onde ele estava e fez um carinho nas suas costas. Depois ela saiu silenciosamente pela porta novamente. Na manhã seguinte a babá perguntou aos guardas se alguém teria entrado no palácio durante a noite, mas eles responderam: “Não, não vimos ninguém.” Ela vinha então durante muitas noites e nunca falava uma palavra: a babá sempre a via, mas ela não ousava dizer nada para ninguém. Quando tinha passado algum tempo nesta mesma rotina, a rainha começou a falar a noite e disse: “Como está o meu filho, como anda o meu cabritinho? Vim duas vezes, e depois não virei nunca mais.” A babá não respondeu, mas quando a rainha tinha saído novamente, ela foi até o rei e lhe contou tudo. O rei disse: “Oh, céus! o que é isto? Amanhã à noite eu vou ficar vigiando perto da criança.” À noite ele foi até o quarto do bebê, e a meia noite a rainha apareceu novamente e disse:”Como está o meu filho, como anda o meu cabritinho? Uma vez eu vim, e depois nunca mais.” E ela cuidou da criança como ela fazia antes de desaparecer. O rei não ousou falar com ela, mas na noite seguinte ele fez vigília novamente. Então ela disse: “Como está o meu bebê, como vai o meu cabritinho? Desta vez eu vim, mas depois nunca mais.” Então o rei não conseguiu se conter, e correu em direção à ela e disse: “Você deve ser ninguém mais que a minha querida esposa,” e no mesmo instante ela viveu novamente, e com a graça de Deus, ela ficou viçosa, rosada e cheia de saúde. lE ntão ela contou ao rei a maldade que a bruxa perversa e a sua filha eram culpadas do que tinha acontecido com ela. o rei ordenou que elas fossem apresentadas diante do tribunal, e o julgamento foi decidido em condenação para elas. A filha dela foi levada para a floresta onde ela foi feita em pedacinhos pelos animais selvagens, mas a bruxa foi atirada no fogo e queimada até virar brasa. E quando ela era queimada, o cabritinho mudou o seu aspecto e tomou a forma humana novamente, então a irmãzinha e o irmãozinho viveram felizes juntos até o fim dos seus dias.

terça-feira, 12 de maio de 2015

A CARONA .Além da imaginação.


Segundo o relato a seguir, isso é bem possível! ================================================================================= Moro no interior de São Paulo e trabalho como vendedor e viajo todos os dias por estradas diversas. Estradas essas por vezes perigosas, com acidentes e mortes. Em um determinado dia, eu voltava para minha cidade depois de um dia inteiro de trabalho. Geralmente durmo num hotel e saio no outro dia bem cedo, mas como era próximo do Natal, quis antecipar a minha volta para casa. A estrada que eu viajava era deserta, sem iluminação, somente mata e canaviais ao redor. Num determinado momento da viagem, parei na entrada de uma fazenda para falar ao telefone, desci, me espreguicei, fumei um cigarro, mas algo me chamou a atenção: bem ao meu lado, havia uma cruz no chão, alguns vasos de flor e um terço pendurado nessa cruz. Havia um nome que eu tentei ler, mas estava apagado. Só consegui ler que o falecimento da pessoa havia sido cerca de um ano. Senti algo estranho e logo entrei no meu carro e parti. Continuei dirigindo. Era por volta de 23:00hs e o sono já estava batendo quando senti um arrepio no meu braço. Era uma sensação muita estranha, pois comecei a sentir que eu não estava sozinho dentro do meu carro. Foi quando olhei pelo retrovisor e vi algo que minha mente jamais irá esquecer: sentada, bem no meio do banco de trás, havia uma mulher! Os cabelos compridos foi a unica coisa que eu pude ver. Tentei falar alguma coisa, mas minha voz não saía. Tentei parar o carro, mas era como se meu corpo não me obedecesse. E aquela figura continuava sentada ali, imóvel. Foi quando ela colocou a mão no meu ombro e sussurrou: "Pode parar aqui"... Não consegui parar de imediato, segui alguns metros quando finalmente parei o carro. Ainda em estado de choque, olhei pelo retrovisor e não havia mais nada lá. Simplesmente ela havia sumido. Me recuperei do susto e segui viagem. Até hoje não sei se a cruz que vi na estrada tem algo a ver com isso, como também não sei quem era a mulher que apareceu no meu carro. Mesmo após terem se passado alguns anos do acontecido, eu ainda evito aquela estrada. www.alemdaimaginacao.com César - SP - Brasil Contato:

As três folhas da serpente. " Contos Infantis"


Uma vez um pobre homem, que não podia sustentar seu único filho. Então disse o filho, "Querido pai, a nossa situação não está muito boa e eu sou um peso para o senhor, por isso, eu gostaria de ir embora para ver se consigo ganhar meu próprio pão." O pai então, deu a ele a sua bênção, e com grande tristeza se despediu dele. Naquela época, o rei de uma poderosa nação estava em guerra, e o jovem entrou a serviço do soberano, e acompanhou o rei até um campo de batalha. E quando ele se viu diante do inimigo, uma grande batalha estava sendo travada, e havia muito perigo, e chovia balas por toda parte e seus companheiros iam sendo mortos pouco a pouco, e quando o comandante também foi morto, os que restaram decidiram empreender fuga, mas o jovem tomou-se de coragem, e chamando-os aos brios, exclamou, "Não permitiremos que a nossa pátria seja vilipendiada!" Então, os outros o seguiram, ele continuou a atacar e derrotou o inimigo. Quando o rei ficou sabendo disso, ele atribuiu a vitória somente ao jovem rapaz, exaltou-o diante de todos os outros, ofereceu-lhes muitos tesouros, e o nomeou o homem mais importante do seu reino. O rei tinha uma filha que era muito linda, mas que tinha também um comportamento muito estranho. Ela havia feito um juramento de aceitar alguém como seu marido e senhor se ele lhe prometesse ser sepultado vivo com ela caso ela viesse a morrer primeiro. "Se ele me ama de todo o coração," dizia ela, "de que lhe serviria a vida sem mim?" Por sua vez, ela faria o mesmo, caso ele viesse a falecer primeiro, e iria para o túmulo com ele. Este estranho juramento, até esse momento, havia afastado muitos dos seus pretendentes, mas o jovem ficou tão encantado com a beleza dela que ele não se preocupou com essa exigência, e pediu a mão dela em casamento. "Mas você tem consciência daquilo que você está prometendo?" disse o rei. "Eu devo ser sepultado com ela," respondeu ele, "caso eu sobreviva a ela, mas o meu amor é tão grande que eu não me preocupo com o perigo." Então, o rei concordou, e o casamento foi realizado com grande esplendor. Durante algum tempo eles viveram felizes e contentes um com o outro, mas houve um dia em que a rainha foi atacada por uma doença grave, e nenhum médico conseguiu salvá-la. E quando ela a viu morta sobre o leito, o jovem rei lembrou-se do que tinha sido obrigado a prometer, e ficou horrorizado por ter de ser sepultado junto com ela, mas não havia saída. O rei havia colocado sentinelas em todos os portões do palácio, de modo que não lhe era possível fugir do próprio destino. E quando chegou o dia, em que o corpo dela seria sepultado, ele foi obrigado a acompanhar o esquife até a cripta real e então, a porta foi fechada e trancada por fora. Perto do caixão havia uma mesa onde foram colocadas quatro velas, quatro pedaços de pão, e quatro garrafas de vinho, e quando estes provisões terminassem, ele teria de morrer de fome. E então, ele ficou sentado naquele lugar tomado pela dor e pela tristeza, comendo todos os dias somente um pequeno pedaço de pão, bebia somente um pequeno gole de vinho, e mesmo assim percebeu que a morte cada dia chegava mais perto. Estava ele assim preocupado, quando percebeu diante de si que uma cobra saía rastejante de um pequeno canto da cripta e se aproximava do corpo da falecida. Achando que a cobra fosse morder o cadáver, ele desembainhou a sua espada e disse, "Enquanto eu viver, não irás tocá-la," e partiu a serpente em três pedaços. Depois de algum tempo uma segunda serpente rastejou para fora do buraco, e quando ela percebeu que havia uma outra cobra morta e toda retalhada, ela recuou, mas pouco tempo depois ela retornou com três folhas verdes na boca. Então, ela pegou os três pedaços da cobra, colocou-os todos juntos como deveria, e depositou uma das folhas em cada ferimento. Imediatamente, as partes danificadas juntaram-se novamente, a cobra se moveu, e viveu novamente, e as duas foram se afastando devarinho. As folhas ficaram caídas no chão, e uma ideia aflorou na mente do infeliz príncipe que havia observado tudo o que tinha acontecido, e quis saber se o poder surpreendente que tinham as folhas ressuscitando a cobra, não poderiam serem utlizados também em um ser humano. Então, ele apanhou as folhas e colocou uma delas na boca da esposa que havia morrido, e as duas outras nos olhos dela. E mal ele tinha feito isto e o sangue começou a correr em suas veias, seu rosto que estava pálido ficou rosa, e adquiriu cor novamente. De repente ela começou a respirar, abriu os olhos, e disse, "Oh, meu Deus, onde estou?" "Estás comigo, minha querida," ele respondeu, e contou a ela como tudo havia acontecido, e como ele havia trazido a vida de volta para ela. Então, ele ofereceu a ela um pouco de vinho e pão, e depois que ela recuperou as suas forças, ele a levantou do caixão, foram até a porta e bateram, e gritaram tão alto que os sentinelas escutaram, e foram contar para o rei. O rei pessoalmente veio até a cripta real e abriu a porta, e então, ele constatou que ambos estavam fortes e passando bem, e ficou muito feliz com eles e não havia mais tristeza no reino. O jovem rei, todavia, levou as três folhas da serpente com ele, entregou-as a uma criada e disse, "Guarde-as para mim com muito cuidado, e as mantenha sempre perto de você; que sabe em alguma circunstância elas possam ainda ser úteis para nós!" Uma modificação, todavia, havia ocorrido com sua esposa; depois que lhe foi restaurada a vida, pareceu que todo amor que ela sentia pelo seu marido havia desaparecido do seu coração. Depois de algum tempo, quando ele teve vontade de fazer uma viagem pelo mar, a fim de rever seu velho pai, estando eles já a bordo do navio, a jovem esqueceu completamente o grande amor e fidelidade que o marido havia demonstrado para ela, e que tinha sido a verdadeira razão ao resgatá-la da morte, e começou a alimentar sentimentos pecaminosos pelo capitão. E certa vez quando o jovem rei estava dormindo, ela chamou o capitão, pegou o marido pela cabeça, e o capitão o pegou pelos pés, e o atiraram no mar. Depois de perpetrado o vergonhoso crime, ela falou, "Agora, vamos voltar para casa, e dizer que ele morreu a caminho. Elogiarei e exaltarei você para o meu pai para que ele permita que me case contigo, e assim serás o herdeiro da sua coroa." Mas a fiel criada que tinha testemunhado tudo o que eles tinham feito, sem que eles percebessem, desatrelou um barco salva vidas que estava no navio, entrou dentro dele, e saiu em busca de seu amo, e deixou que os traidores seguissem seu caminho. Ela conseguiu pescar o corpo do moribundo, e com a ajuda das três folhas da serpente que ela levava sempre consigo, colocou-as nos olhos e na boca dele, fazendo com que o jovem rei ressuscitasse. Os dois remaram com todas as suas forças durante vários dias e várias noites, e o pequeno barco navegava tão rapidamente que eles chegaram ao palácio do velho rei antes dos outros. O rei ficou apavorado quando viu que eles chegavam sozinhos, e perguntou o que tinha acontecido. Quando ficou sabendo da maldade da sua filha ele disse, "Não posso acreditar que ela tenha se comportado de modo tão vergonhoso, mas a verdade virá à tona," e ordenou que os dois entrassem numa câmara secreta e ficassem escondidos sem que ninguém soubesse. Logo depois, o grande navio acabou chegando, e a impiedosa mulher se apresentou diante de seu pai com o semblante de preocupação. Disse o velho rei, "Porque retornaste sozinha? Onde se encontra o teu marido?" "Ah, meu querido pai," respondeu ela, "Estou retornando para casa com o coração em luto; durante a nossa viagem, meu marido ficou subitamente doente e morreu, e se o bom capitão não tivesse me ajudado, eu também teria adoecido. O capitão estava presente quando ele morreu, e ele pode lhe contar tudo." O rei disse, "Eu irei ressuscitar o seu marido," e abriu a câmara, pedindo para que os dois saíssem. Quando a esposa viu o esposo, ela ficou chocada, caiu de joelhos e implorou misericórdia. O rei disse, "Não pode haver misericórida. Ele se mostrou pronto para morreu contigo e te ressuscitou para a vida novamente, mas tu o assassinaste quando ele dormia, e receberás a recompensa que mereces." Então, ela foi colocada, junto com seu cúmplice, dentro de um navio que havia sido todo perfurado com muitos buracos, e enviados para o mar, onde pouco tempo depois eles se afogariam no meio das ondas. Categorias: !Obras em traduçãoContos de Grimm

domingo, 26 de abril de 2015

O bando de maltrapilhos. Contos Infantis.


O galo uma vez disse para a galinha: — “Agora chegou a época das nozes amadurecerem, então, vamos subir juntos a colina e vamos ser os primeiros a comer até enfartar antes que o esquilo venha e leve todas as nozes embora.” — “Sim,” respondeu a galinha. “venha, nós vamos nos divertir muito juntos.” Então, eles subiram a colina, e como estava um dia ensolarado eles ficaram até o anoitecer. Agora eu não sei se era porque eles haviam comido muito e estavam muito pesados, ou se eles eram muito orgulhosos e não queriam voltar a pé para casa, e o galo pretendia fazer uma pequena carroça com as cascas das nozes. Quando a carroça ficou pronta, a galinha se sentou no banco, e disse para o galo: — Você poderia ser atrelado à carroça.” — “De jeito nenhum,” disse o galo, “eu prefiro ir para casa à pé do que ser atrelado a uma carroça, não, não foi isso que combinamos. Eu não me importaria de ser o cocheiro e ficar sentado na boléia, mas puxar a carroça sozinho eu não vou mesmo.” Enquanto eles estavam assim discutindo, um pato grasnou para eles: — “Ei, seus pequenos ladrões, quem autorizou vocês a subirem na minha colina de nozes? Esperem só, e vocês vão pagar por isso!” e correu de bico aberto em direção ao galo. Mas o galo não era medroso, e enfrentou o pato com coragem, e machucou tanto o pato com as suas esporas que ele teve de pedir misericórdia, e permitiu que fosse atrelado à carroça como punição. O pequeno galo se sentou na boleia como se fosse o cocheiro, e lá foram eles galopando, com o pato, correndo tudo que podia. Depois de terem percorrido uma parte do caminho, eles encontraram dois passageiros que estavam andando a pé, um alfinete e uma agulha. Os dois gritaram: — “Parem, parem!” e disseram que o dia estava ficando escuro que nem piche, e que eles não conseguiam dar nem um passo sequer, e que havia tanta sujeira na estrada, e perguntaram se eles não podiam subir na carroça um pouquinho. Eles tinham ido até a cervejaria do alfaiate que ficava perto do portão, e tinham ficado muito tempo lá tomando cerveja. Como eles eram magrinhos, e portanto, não ocupavam muito espaço, o galo permitiu que os dois subissem, mas os dois deviam prometer a ele e à pequena galinha que não pisariam em seus pés. Tarde da noite eles chegaram numa estalagem, e como eles não gostavam de viajar a noite, e como o pato não tinha mais forças no pé, e caía de um lado para outro, eles decidiram entrar. O estalajadeiro, a princípio, fez algumas objeções, a sua casa já estava cheia, além disso, pensou ele, eles não poderiam ser pessoas muito distintas, mas, finalmente, como a conversa deles era agradável, e haviam lhe dito que ele poderia ficar com os ovos que a galinha havia botado no caminho, e também poderiam ficar com o pato, que botava um ovo todos os dias, o estalajadeiro finalmente disse que eles poderiam ficar aquela noite. E então, eles foram bem servidos, e festejaram e fizeram muito barulho. Bem cedo de manhã, quando o dia estava clareando, e todos estavam dormindo, o galo acordou a galinha, trouxe o ovo, e comeram juntos, mas a casca eles jogaram no fogão a lenha. Então, eles foram até a agulha que ainda estava sonolenta, pegaram-na pela cabeça, e a espetaram na almofada da cadeira do estalajadeiro, e colocaram o alfinete na toalha dele, e finalmente, sem alhos nem bugalhos, foram embora voando por cima do fogão. O pato que gostava de dormir a céu aberto e tinha ficado no quintal, ouviu quando eles estavam indo embora, ficou muito feliz, e encontrou um riacho, e por ele foi nadando, porque era um caminho muito mais rápido de viajar do que estando preso a uma carroça. O estalajadeiro só saiu da cama duas horas depois que eles tinham ido embora, ele se lavou e ia se secar, então, o alfinete espetou a sua cara e deixou uma lista vermelha que ia de uma orelha a outra. Depois disto ele foi para a cozinha e quis acender um charuto, mas quando ele chegou perto do fogão a casca do ovo explodiu em seus olhos. — “Hoje de manhã todas as coisas estão caindo na minha cabeça,” disse ele, e nervoso se sentou na cadeira de seu pai, mas ele deu um pulo novamente e gritou: — “Ai meu Deus,” pois a agulha havia picado num lugar bem pior que o alfinete, e não tinha sido na cabeça. Agora, sim, ele tinha ficado muito furioso, e desconfiou dos hóspedes que haviam chegado bem tarde na noite anterior, e quando ele decidiu procurar por eles, eles tinham ido embora. Então, ele jurou nunca mais aceitar maltrapilhos em sua estalagem, porque eles consomem muito, não pagam nada, e usam de artifícios desonestos durante a negociação a pretexto de gratidão. Contos de Grimm

terça-feira, 14 de abril de 2015

Os doze irmãos. Contos Infantis.


Era uma vez um rei e uma rainha que viviam felizes e em harmonia e que tinham doze filhos, sendo todos garotos. Então, o rei disse para a sua esposa: — “Se a décima terceira criança que você está para trazer ao mundo for uma garota, os doze meninos devem morrer, para que os bens dela sejam maiores, e para que o reino possa ser dela somente.” Então, ele ordenou que doze esquifes fossem fabricados, os quais já estavam cheios de pedaços de madeiras, e em cada um havia um pequeno travesseiro para o morto, e os caixões tinham sido levados para uma sala fechada, e ele deu a chave para que a rainha guardasse, e pediu para que ela não falasse sobre isso com ninguém. A mãe todavia, se sentava e lamentava o dia todo, até que o filho mais jovem, que estava sempre com ela, e a quem ela chamava de Benjamin, nome esse que foi tirado da Bíblia, disse a ela: — “Querida mamãe, porque você está tão triste?” — “Querido filhinho,” respondeu ela, “Não posso lhe dizer.” Mas ele não a deixava sossegada até que ela foi e abriu a sala, e mostrou a ele os doze caixões que estavam terminados e cheios de pedacinhos de madeiras. Então, ela disse: — “Meu querido Benjamin, teu pai mandou fazer estes caixões para ti e para os teus onze irmãos, pois, se eu trouxer uma garotinha no mundo, você será morto e sepultado com eles.” E enquanto ela ia dizendo isso, ela chorava, e o filho a consolava e dizia: — “Não chore, querida mãezinha, nós vamos nos salvar, e sairemos daqui.” Mas ela disse: — “Vai para a floresta com os teus onze irmãos, e faça com que um fique permanentemente sobre a árvore mais alta que puder ser encontrada, e fique atento, olhando para a torre aqui do castelo. Se eu der a luz a um filhinho, eu colocarei uma bandeira branca, e então, vocês poderão se arriscar a voltar, mas se eu der a luz a uma menina, eu levantarei uma bandeira vermelha, e então, vocês deverão fugir o mais rápido que puderem, e que Deus possa proteger todos vocês. E eu todas as noites levantarei e farei uma oração para vocês — no inverno, para que vocês possam se aquecer perto de uma fogueira, e no verão, para que vocês não desfaleçam com tanto calor.” D epois que ela abençoou os filhos, eles seguiram para a floresta. Todos eles, no entanto, ficavam atentos, e se sentavam no pé de carvalho mais alto da floresta e ficavam olhando em direção à torre. Quando onze dias tinham se passado, e tinha chegado a vez de Benjamin, ele viu que uma bandeira tinha sido hasteada. Não era, no entanto, uma bandeira branca, mas uma bandeira vermelha, a qual anunciava que todos eles deviam morrer. Quando os seus irmãos souberam daquilo, eles ficaram muito bravos, e disseram: — “Todos nós devemos sofrer por causa de uma garota? Juramos que todos nós iremos nos vingar! — quando encontrarmos uma menina, o sangue vermelho dela deve jorrar." Então, eles penetraram mais fundo na floresta, e no meio dela, que era a parte mais escura, eles encontraram a pequena cabana abandonada de uma feiticeira, onde não havia ninguém. Então, eles disseram: — “Vamos ficar aqui, e tu, Benjamin, que és o menor e o mais fraco, tu ficarás em casa e cuidarás dela, nós outros vamos sair para conseguir alimento." Então, eles foram para a floresta para caçar lebres, cervos selvagens, pássaros e pombos, e qualquer coisa que houvesse para comer, eles levavam um pouco para Benjamin, que tinha de arrumar a casa para eles, para que eles pudessem matar a fome. Juntos viveram eles na pequena cabana durante dez anos, e o tempo não parecia longo para eles. A. pequena garota, que a rainha, a mãe deles, tinha dado a luz, já tinha crescido, ela era boa de coração, e tinha um rosto encantador, e na testa dela havia uma estrela de ouro. Uma vez, quando houve uma grande arrumação no palácio, ela viu doze camisas de homens entre as coisas que estavam lá, e perguntou a sua mãe: — “A quem pertencem estas doze camisas, porque elas são pequenas demais para serem do papai? Então, a rainha respondeu com o coração dolorido: — “Querida filhinha, estas camisas são dos teus doze irmãos.” Disse a garota, então: — “Onde estão meus doze irmãos, nunca ouvi falar deles?” A mãe respondeu: — “Só Deus sabe onde eles estão, eles estão andando pelo mundo.” Então, ela pegou a pequena e abriu a sala para a garota, e lhe mostrou os doze caixões cheios de pedaços de madeiras e com os travesseiros para a cabeça. — “Estes caixões,” disse ela, “estavam destinados para os teus irmãos, mas eles foram embora escondidos antes que tu nasceste,” então, a garotinha disse: — “Querida mãezinha, não chore, eu irei procurar os meus irmãos.” Então, ela pegou as doze camisas e partiu, e seguiu direto para a grande floresta. Ela caminhou o dia todo, e a noitinha ela encontrou a casinha da feiticeira. Então, ela entrou na casa, e encontrou um jovem garoto, que perguntou: — “De onde você veio, e para onde você vai?” e ficou atônito como ela era linda, e usava trajes reais, e tinha uma estrela na testa. E ela respondeu: — “Eu sou filha da rainha, e estou procurando meus doze irmãos, e eu irei até o fim do céu azul para encontrá-los.” Ela também mostrou a ele as doze camisas que um dia havia pertencido a eles. Então, Benjamin compreendeu que ela era sua irmã, e disse: — “Eu sou Benjamin, teu irmão caçula.” E ela começou a chorar de alegria, e Benjamin chorou também, e eles beijaram e se abraçaram um ao outro como muita ternura. lD epois disto ele disse: — “Querida irmãzinha, há ainda mais um problema. Nós fizemos um acordo que toda garota a quem encontrássemos deveria morrer, porque nós fomos obrigados a deixar o nosso reino por causa dela!” Então, ela disse: — “Morrerei com prazer, se morrendo puder salvar os meus doze irmãos.” — “Não,” respondeu ele, “tu não morrerás, fique sentada aqui debaixo deste barril até que os nossos doze irmãos cheguem, e então, eu conseguirei entrar num acordo com eles.” Ela fez o que ele pediu, e quando a noitinha os outros irmãos chegaram da caça, o jantar deles estava pronto. E quando eles estavam todos sentados na mesa, e estavam comendo, eles perguntaram: — “Quais são as novidades?” Benjamin respondeu: — “Vocês não souberam de nada?” — “Não,” responderam eles. Ele continuou: — “Vocês foram para a floresta e eu fiquei em casa, no entanto, eu sei mais do que vocês.” — “Diga-nos, então," exclamaram eles. Ele respondeu: — “Me prometam primeiro que a primeira garota que nós encontrarmos não irá morrer.” — “Sim,” exclamaram todos eles, “ela terá misericórdia, mas, conte-nos logo.” Então, ele disse: — “A nossa irmã está aqui,” e ele levantou o barril, e a filha do rei apareceu com seus trajes reais e com uma estrela na testa, e ela era linda, delicada e meiga. Então, todos eles ficaram felizes, e a abraçaram, e a beijaram e a amaram de todo o coração. lA gora ela ficava em casa com Benjamin e o ajudava no trabalho doméstico. Os onze foram para a floresta para caçar veados, pássaros e pombos, para que eles pudessem se alimentar, e a irmãzinha junto com Benjamim cuidavam da preparação da caça para eles. Ela procurou na floresta ervas e vegetais para cozinhar, e colocou as panelas no fogo para que o jantar ficasse pronto quando os onze chegassem. Ela também mantinha a ordem na pequena casa, e colocava lindos lençóis limpos e brancos nas caminhas, e os irmãos estavam sempre felizes e viviam em grande harmonia com ela. Um dia os dois que ficavam em casa, haviam preparado uma bela surpresa, eles se sentaram e comeram e beberam e estavam todos felizes. Havia, porém, um pequeno jardim que pertencia à casa da feiticeira onde ficavam doze pés de lírios, os quais também são chamados de “estudantes”[1]. Ela queria fazer uma supresa para os seus irmãos, e colheu as doze flores, e pensou em presentear cada um deles com uma flor durante o jantar. Mas no exato momento que ela colheu as flores os doze irmãos se transformaram em doze corvos, e voaram pela floresta, e a casa e o jardim desapareceram também. E agora, a pobre garota estava sozinha na floresta virgem, e quando ela olhava ao redor, uma velhinha estava sentada perto dali e disse: — “Minha criança, o que você fez? Porque você não deixou que as doze flores brancas crescessem? Eles eram teus irmãos, que agora para sempre foram transformados em corvos.” A garota disse, chorando: — “Não existe uma maneira de libertá-los?” — “Não,” disse a mulher, “só existe uma maneira no mundo todo, e isso é tão difícil que você jamais conseguirá libertá-los desse jeito, porque você precisa ficar muda durante sete anos, e não pode falar nem rir, e se você falar uma palavra, e somente uma hora dos sete anos estiver faltando, tudo estará perdido, e os teus irmãos serão mortos por causa dessa palavra.” Então, a garota falou de coração: — “Eu tenho certeza de que libertarei os meus irmãos,” e foi e procurou uma árvore bem alta e se sentou no topo dela e ficava tecendo, e não falava nem ria. Ora, aconteceu que um rei estava caçando na floresta, ele tinha um grande cão galgo que correu até a árvore onde a garota estava sentada, e pulava em torno da árvore, ganindo e latindo para ela.lE ntão, o rei se aproximou e viu a bela princesa que tinha uma estrela de ouro na testa, e ficou tão encantado com sua beleza, que ele a convidou para que fosse sua esposa. Ela não respondia, mas fazia pequenos acenos com a cabeça. Então, ele mesmo subiu na árvore, trouxe-a para baixo, colocou-a em seu cavalo e a levou para o seu palácio. Então, o casamento foi festejado com grande festa e muita alegria, mas a noiva não falava nem sorria. Quando eles tinham vivido felizes juntos durante alguns anos, a mãe do rei, que era uma criatura perversa, começou a difamar a jovem rainha, e disse ao rei: — “Ela é uma mendiga vulgar que trouxeste da caça contigo. Quem sabe que coisas horrorosas ela não faz às escondidas!” Ainda que ela seja muda, e não consiga falar, ela poderia sorrir pelo menos, mas aqueles que não riem, tem consciências pesadas.” A princípio, o rei não quis acreditar nela, mas a velha falava disso o tempo todo, e a acusava de coisas tão assustadoras, que por fim o próprio rei se deixou convencer e ela foi condenada a morte. E aconteceu que uma grande fogueira foi acesa no pátio do palácio, onde ela deveria ser queimada, e o rei ficou em cima na janela e via tudo com lágrimas nos olhos, porque ele a amava muito. E quando ela foi amarrada bem forte à fogueira, e o fogo começou a lamber as suas roupas com sua língua vermelha, o último momento dos sete anos havia se expriado. Então, um ruflar de asas foi ouvido no ar, e doze corvos vieram voando em direção à fogueira, e pousaram, e quando eles tocaram a terra, eis que eram os doze irmãos dela, que ela tinha libertado. lE les apagaram totalmente a fogueira, extinguiram as chamas, libertam a irmã que amavam tanto, e beijaram e a abraçaram. E agora, que ela podia abrir a boca para falar, ela contou ao rei porque ela tinha ficado muda, e nunca podia ter dado um sorriso. O rei dava pulos de alegria ao saber que ela era inocente, e todos eles viveram em grande harmonia até o fim da vida deles. A madrasta má foi levada para o tribunal, e colocada dentro de um tonel com óleo fervente e cobras venenosas, e teve uma morte cruel.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

O lobo e os sete cabritinhos. "Contos Infantis"


Era uma vez uma velha cabrita que tinha sete cabritinhos, e os amava com todo o amor que uma mãe tem por seus filhos. Um dia ela queria ir para a floresta para buscar algum alimento. Então, ela chamou todos os sete até ela e disse: — “Queridos filhinhos, eu preciso ir para a floresta, fiquem atentos com o lobo, se ele aparecer, ele irá devorar vocês inteirinho com pele e osso. O infeliz vem sempre disfarçado, mas vocês o reconhecerão imediatamente por causa da sua voz grossa e seus pés pretos.” Os cabritinhos disseram: — “Querida mãezinha, nós vamos tomar muito cuidado, a senhora pode ir sem preocupação.” Então, a cabrita velha deu um berro e foi embora muito tranquila. Não passou muito tempo e alguém bateu na porta da casa e gritou: — “Abram a porta, queridos filhinhos, a mãe de vocês chegou, e trouxe uma supresinha para cada um de vocês.” Mas, os cabritinhos sabiam que se tratava do lobo, por causa da voz grossa: — “Nós não abriremos a porta,” eles gritaram, ”você não é a nossa mãe. Ela tem uma voz macia e agradável, mas a tua voz é grossa, você é o lobo!” Então, o lobo foi embora até um gerente de loja e comprou um pedaço de barro, comeu o barro e a sua voz ficou mais suave depois disso. Então, ele voltou, bateu na porta da casa, e gritou: — “Abram a porta, queridos filhinhos, a mamãe de vocês chegou e trouxe uma surpresinha para cada um de vocês.” Mas o lobo tinha colocado as suas patas negras contra a janela, e as crianças viram e gritaram: — “Nós não abriremos a porta, a nossa mãe não tem pés negros como os teus. Então, o lobo foi até o padeiro e disse: — “Eu machuquei as minhas patas, será que você poderia esfregar um pouco de massa para mim.” E quando o padeiro esfregou o pé dele com a massa, ele correu até o moleiro e disse: — “Espalhe um pouco de farinha de trigo na minha perna para mim.” O moleiro pensou consigo mesmo: — “O lobo está querendo enganar alguém,” e se recusou; mas o lobo disse: — “Se você não fizer isso, eu vou te devorar.” Então, o moleiro ficou com medo, e passou farinha de trigo nas patas do lobo. Pessoas honestas são assim mesmo. Então, ele foi pela terceira vez até a porta da casa dos cabritinhos, bateu e disse: — “Abram a porta para mim, crianças, é a mamãe que voltou, e trouxe uma coisinha da floresta para cada um de vocês.” As crianças gritaram: — “Primeiro nos mostre as suas patas para que possamos saber se você é a nossa querida mãezinha.” Então, o lobo colocou as patas pela janela, e quando os cabritinhos viram que as patas eram brancas, eles acreditaram que era verdade, e abriram a porta. InicialM.svg as quem entrou senão o lobo! Eles ficaram apavorados e quiseram se esconder. Um saltou para debaixo da mesa, o segundo para debaixo da cama, o terceiro para dentro do fogão, o quarto foi para a cozinha, o quinto se escondeu dentro do armário, o sexto dentro da bacia de lavar louça que era de porcelana, e o sétimo dentro da caixa do relógio. Mas o lobo encontrou todos eles, e não fez nenhuma cerimônia, e um após o outro, ele engoliu todos eles para dentro da sua goela. O menorzinho que estava dentro da caixa do relógio foi o único que não foi encontrado. Quando o lobo havia saciado a sua fome, ele foi embora, se deitou debaixo de uma árvore, e começou a dormir. Logo depois a cabrita mãe voltou novamente para casa vindo da floresta. Ah!, o que ela viu então!. A porta da casa estava toda aberta. A mesa, as cadeiras, e os bancos estavam espalhados, a bacia de lavar louça que era de porcelana estava reduzida a cacos, e os acolchoados e os travesseiros estavam espalhados para fora da cama. Ela procurou as crianças, mas não os encontrou em lugar nenhum. Ela os chamava pelo nome, um após o outro, mas ninguem respondia. Finalmente, quando ela procurou o menorzinho, uma voz muito fraca respondeu: — “Querida mamãe, eu estou dentro da caixa do relógio.” Ela tirou o cabritinho de lá, e ele contou para a mamãe que o lobo tinha vindo lá e tinha comido todos os seus irmãozinhos. Então, você pode imaginar como ela chorou por causa dos seus filhinhos. Finalmente, desesperada ela saiu, e o cabritinho mais novo fugiu com ela. E quando eles chegaram perto do mato, lá estava o lobo debaixo de uma árvore, e roncava tão alto que até os galhos da árvore tremiam. Ela olhou para ele e por todos os lados viu que alguma coisa estava se mexendo e se debatia dentro do seu corpo inchado. — “Oh, céus,” disse ela, “será possível que meus pobres filhinhos que ele engoliu no jantar, podem ainda estar vivos?” Então, o cabritinho foi correndo para casa e trouxe a tesoura, e uma agulha e uma linha, e a cabrita mãe abriu a barriga do monstro, e mal tinha ela feito um corte, e um cabritinho colocou a cabeça para fora, e quando ela continuou cortando, todos os seis saltaram, um depois do outro, e todos eles estavam vivos ainda, e não tinham sofrido nenhum ferimento, pois devido a voracidade o lobo os tinha engolido inteirinhos, sem mastigar. Que felicidade que foi! Então, eles abraçaram a sua querida mãezinha, e eles pulavam felizes como crianças na frente de um sorvete. A mãe, todavia, disse, — “Agora, vamos procurar algumas pedras grandes, e nós encheremos o estômago do lobo mau com elas enquanto ele ainda está dormindo.” Então, os sete cabritinhos trouxeram as pedras até ali rapidamente, e colocaram todas que couberam em seu estômago, e a mamãe cabra costurou o estômago do lobo bem depressa, e então, ele não desconfiou de nada e nem se mexeu nenhuma vez. lQ uando o lobo, finalmente, acordou do seu sono, ele ficou de pé, e como as pedras que estavam em seu estômago o deixaram com muita sede, ele quis ir a um poço para beber água. Mas, quando ele começou a andar e a se mexer, as pedras que estavam em seu estômago começaram a rolar umas contra as outras, como se fosse um chocalho. Então, ele gritou: — “Que grandes estrondos, pareço ouvir, pensei que fossem os seis cabritinhos, Mas grandes pedras parecem ruir.” E quando ele chegou no poço, se abaixou para pegar água e ia beber, as enormes pedras o fizeram cair dentro do poço, e não teve jeito, mas ele morreu afogado, infelizmente. Quando os sete cabritinhos viram isso, eles vieram correndo até o poço e gritavam alto: — “O lobo morreu! O lobo morreu! E dançaram a roda da alegria em torno do poço junto com a mãe deles.”

quinta-feira, 26 de março de 2015

A maldição do Faraó.


A Maldição do Faraó é a crença de que qualquer pessoa que viole a múmia de um faraó do Egito antigo cairá em uma maldição, pela qual a vítima morrerá em breve. Trata-se de uma lenda contemporânea, que surgiu no início do século XX. Ninguém sabe ao certo quem é o responsável por sua elaboração e propagação, mas a mídia, ao mesmo tempo, tornou-a numa lenda de renome internacional. Havia uma crença de que as tumbas dos faraós tinham maldições escritas sobre elas ou nos seus arredores, uma advertência a aqueles que sabem ler não entrassem. Há casos ocasionais de maldições que aparecem no interior ou na fachada de uma tumba, como no caso do mastaba de Khentika Ikhekhi da 6ª dinastia em Saqqara. Estas parecem ser mais dirigida para os sacerdotes ka para proteger cuidadosamente a tumba e preservar a pureza ritual, em vez de uma advertência aos ladrões em potencial. Embora tivesse havido histórias de maldições que remontam ao século XIX, elas se multiplicaram na sequência da descoberta de Howard Carter do túmulo de Tutancâmon.1 A maldição associada com a descoberta da tumba do faraó Tutancâmon da XVIII Dinastia, é a mais famosa na cultura ocidental. Ela afirma que alguns membros da equipe de arqueólogos que desenterraram a múmia do faraó Tutancâmon morreram de causas sobrenaturais na sequência de uma maldição do governante falecido. De fato, vários membros da equipe morreram alguns anos depois da descoberta, incluindo o ilustre Lord Carnarvon, promotor das escavações. Muitos autores negam que houvesse escrito uma maldição, mas outros dizem que Howard Carter encontrou na antecâmara um óstraco de argila com uma inscrição dizendo: "A morte vai atacar com seu tridente aqueles que perturbarem o repouso do faraó."2

A serpente branca. "Contos Infantis".


A serpente branca Há muito tempo atrás vivia um rei que era famoso por sua grande sabedoria em todo o reino. Nada podia se esconder dele, era como se as informações dos assuntos mais secretos chegassem até ele através do ar. Mas ele tinha um costume muito estranho: todos os dias depois do jantar, quando a mesa era tirada, e não havia mais ninguém, um criado de confiança vinha de lhe trazer mais um prato. Todavia, o prato era coberto e nem o servo sabia o que havia nele, e nem ninguém poderia saber, porque o rei só tirava a tampa para comer depois que ele estava sozinho. Isso aconteceu há muito tempo atrás, quando um dia o criado, que levava o prato embora, não aguentava mais de tanta curiosidade, que ele não conseguiu segurar a vontade de levar o prato para o seu quarto. Depois que ele fechou cuidadosamente com chave a porta, ele levantou a tampa, e viu uma serpente branca no fundo do prato. Mas quando ele viu a serpente, ele não conseguiu negar a si mesmo o direito de provar o prato, de modo que ele cortou um pedacinho da serpente e o colocou em sua boca. Assim que o pedacinho de serpente tocou a sua língua, ele ouviu um estranho sussurro de algumas vozes do lado de fora da janela. Ele saiu para escutar, e então, percebeu que eram pardais que estavam reunidos conversando, e dizendo uns para os outros, tudo o que eles tinham visto nos campos e nas florestas. Ao comer a serpente, ele percebeu que ele tinha o poder de entender a linguagem dos animais. E aconteceu que naquele mesmo dia a rainha perdeu o seu anel mais lindo, e começaram a desconfiar que o servo de confiança havia roubado o anel, pois somente ele tinha autorização para andar por todos os cantos do palácio. O rei mandou que o criado fosse trazido até ele, e o ameaçou com palavras rudes, dizendo que, se ele não dissesse quem era o ladrão até o dia seguinte, ele próprio seria considerado culpado e executado. Em vão ele declarou a sua inocência, e foi demitido sem obter qualquer esperança. Tomado de medo e de preocupação, ele foi até o pátio do palácio e ficou pensando em como ele poderia sair daquela situação. Ora, alguns patinhos estam ali tranquilamente sentados perto de um riacho e estavam descansando, e, enquanto eles alisavam as suas penas com os seus bicos, eles começaram a conversar assuntos confidenciais entre eles. O criado ficou por perto e escutou tudo. Eles estavam falando um para o outro sobre todos os lugares por onde eles haviam estado bamboleando o traseiro durante toda a manhã, e que eles haviam encontrado boa comida, e um deles falou num tom de piedade: “Alguma coisa está pesando no meu estômago, enquanto eu estava comendo apressado, eu engoli um anel que estava debaixo da janela da rainha.” O criado imediatamente pegou o pato pelo pescoço, levou-o para a cozinha, e disse para o cozinheiro: “Aqui está uma carne deliciosa, pode prepará-la.” — “Sim,” disse o cozinheiro, pesando o pato com a mão, “e ele não poupou nenhum esforço para engordar, e há muito tempo que está esperando para ser bem assado.” Então, o cozinheiro cortou a cabeça do pato e quando ele estava sendo depenado para ser colocado no espeto, o anel da rainha foi encontrado dentro dele. O criado pode agora provar facilmente a sua inocência, e o rei, querendo se desculpar pelo erro, autorizou que ele fizesse um pedido, e lhe prometeu o melhor lugar na corte que ele desejasse. O criado recusou tudo, e somente pediu um cavalo e um pouco de dinheiro para viajar, porque ele tinha vontade de dar a volta ao mundo e passear um pouquinho. Quando o seu desejo foi atendido ele partiu, e um dia ele chegou num riacho, onde ele viu três peixes presos no meio dos juncos, e abrindo a boca de tanta sede. Embora se diga que os peixes sejam mudos, ele os ouviu se lamentando por morrerem de forma tão cruel, e como o criado tinha um bom coração, ele desceu do cavalo e colocou os três peixes que estavam presos, de volta na água. Eles tremulavam de alegria, colocavam as suas cabeças para fora, e gritavam para ele: — “Nós vamos nos lembrar de você e iremos lhe retribuir por nos salvar!” Ele continuou viajando, e depois de algum tempo, pareceu que ele ouviu uma voz na areia aos seus pés. Ele prestou atenção e ouviu que o rei das formigas se queixava: — “Porque as pessoas, com seus animais desajeitados, não conseguem se manter longe de nossos corpos? Aquele cavalo estúpido, com seus cascos pesados, está pisando em todos nós, sem misericórdia!” Então, ele pegou um caminho lateral e o rei das formigas gritou para ele: — “Nós nos lembraremos de você — uma boa ação merece retribuição!” O caminhou o levou para uma floresta, e lá ele viu dois corvos velhinhos pousando em seus ninhos, e jogando fora três filhotes de corvo. — “Saia já daqui, seus preguiçosos, criaturas imprestáveis!” gritavam eles, “não vamos mais trazer comida para vocês, vocês já são grandes o bastante, e já podem se virar sozinhos.” Mas os pobres filhotes de corvo ficaram no chão batendo suas asas, e gritando: — “Oh, que filhotes indefesos nós somos! Temos que nos virar sozinhos agora, e ainda não sabemos voar! O que nós podemos fazer, senão ficar aqui e morrer de fome?” Então, o jovem e bom criado desceu do cavalo e o matou com a sua espada, e deu a eles como alimento. Então, eles vieram saltitando até a comida, mataram a fome, e exclamaram: “Nós nos lembraremos de você — uma boa ação merece retribuição!” E agora ele tinha de usar as suas próprias pernas, e quando ele tinha feito uma longa caminhada, ele chegou a uma cidade grande. Havia muito barulho e a multidão estava nas ruas, e um homem cavalgando sobre um cavalo, gritava em voz alta: — “A filha do rei precisa de um marido, mas aquele que quiser ser candidato precisa realizar uma tarefa muito difícil, e se ele não conseguir pagará com a vida.” Muitos já tinham feito uma tentativa, mas não conseguiram; não obstante, quando o jovem viu a filha do rei, ele ficou tão dominado por causa da sua grande beleza, que ele esqueceu de todo o perigo, foi diante do rei, e se apresentou como pretendente. Então, ele foi levado para dentro do mar, e um anel de ouro foi jogado dentro dele, diante de seus olhos, e o rei ordenou que ele trouxesse o anel que estava no fundo do mar, e acrescentou: “Se você voltar novamente sem o anel você será atirado, tantas vezes quantas forem necessárias, até que você morra no meio das ondas.” Todas as pessoas ficaram com pena do belo rapaz, então, elas foram embora, deixando-o sozinho na praia. Ele ficou na praia e pensou no que poderia fazer, quando subitamente ele viu três peixes que vinham nadando em direção a ele, e eles eram os mesmos peixes cujas vidas ele havia salvado. Aquele que estava no meio tinha um marisco na sua boca, que estava na praia aos pés do jovem, e quando ele pegou o marisco e o abriu, lá estava o anel de ouro dentro da concha. Cheio de alegria, ele levou o anel para o rei, e esperava que o rei lhe concedesse a recompensa prometida. Mas quando a princesa orgulhosa percebeu que ele não era nobre de nascimento, ela o desprezou e exigiu que ele realizasse mais uma tarefa. Ela foi até o jardim e espalhou com suas próprias mãos dez sacos cheios de farelos de milho no meio da grama, então, ela disse: — “Amanhã de manhã, antes do sol nascer, todo farelo deve ser recolhido, e nem um grão pode ser esquecido.” O jovem se sentou no jardim e pensou como seria possível realizar esta tarefa, mas ele não conseguia pensar em nada, e lá ele ficou sentado triste esperando o dia amanhecer, quando ele seria morto. Mas assim que os primeiros raios de sol brilharam no jardim ele viu todos os dez sacos de farelo de milho de pé, um ao lado do outro, totalmente cheios até a borda, e nem um grão estava faltando. O rei das formigas tinham vindo durante a noite com milhares e milhares de formigas, e por gratidão, as criaturinhas haviam colhido todo o farelo de milho com muita engenhosidade e colocado todo o farelo dentro dos sacos. Em pessoa, a filha do rei desceu até o jardim, e ficou supresa quando viu que o jovem havia cumprido a tarefa que ela havia dado a ele. Mas ela continuava ainda dura de coração e disse: — “Embora ele tenha realizado ambas as tarefas, ele não poderá ser meu marido até que ele traga para mim a maçã da Árvore da Vida.” O jovem não sabia onde ficava a Árvore da Vida, mas ele partiu, e teria ido para muito longe, onde suas pernas o levassem, embora não tivesse esperança de encontrá-la. Depois de ter percorrido três reinos, numa noite, ele chegou numa floresta, e se deitou debaixo de uma árvore para dormir. Mas, ele ouviu um farfalhar de folhas nos galhos, e uma maçã de ouro caiu em suas mãos. Ao mesmo tempo três corvos desceram voando até ele, pousaram suavemente em seus joelhos, e disseram: — “Nós somos os três filhotes de corvo que você salvou de morrer de fome, quando nós crescemos, e soubemos que você estava procurando a Maçã de Ouro, nós voamos sobre o mar até o fim do mundo, onde fica a Árvore da Vida, e trouxemos a maçã para você.” O jovem, pulando de felicidade, partiu de volta para casa, e levou a Maçã de Ouro para a bela filha do rei, que não tinha mais desculpas para dar. Eles cortaram a Maçã da Vida em dois pedaços e a comeram juntos, e então, o coração dela ficou totalmente apaixonado por ele, e eles viveram uma felicidade infinita até quando a velhice chegou. Contos de Grimm

segunda-feira, 23 de março de 2015

Hábito de Explodir.


Conta-se a história de um monge que tinha o hábito de explodir em acessos de fúria e culpar seus companheiros quando as coisas davam errado. Decidiu afastar-se da causa de seus problemas e foi para um mosteiro do deserto, onde praticamente não tinha contato com outros seres humanos. Certa manhã, após instalar-se em sua nova morada, esbarrou acidentalmente no cântaro de água e lhe derramou o conteúdo. Ficou enfurecido, mas não havia ninguém por perto a quem culpar. Encheu novamente o cântaro. Pouco tempo depois, o mesmo fato se repetiu. Num ímpeto de ira, arremessou o cântaro ao chão, fazendo-o em pedacinhos. Depois de acalmar-se, começou a refletir e chegou à conclusão de que seu mau humor era problema dele mesmo, e não dos outros.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

A arte de ser feliz,


Acorde todas as manhã com um sorriso. Esta é mais uma oportunidade que você tem para ser feliz. Seja seu próprio motor de ignição. O dia de hoje jamais voltará. Não o desperdice, pois você nasceu para ser feliz! Enumere as boas coisas que você tem na vida. Ao tomar consciência do seu valor, você será capaz de ir em frente com muita força, coragem e confiança! Trace objetivos para cada dia. Você conquistará seu arco-íris, um dia de cada vez. Seja paciente. Não se queixe do seu trabalho, do tédio, da rotina, pois é o seu trabalho que o mantém alerta, em constante desenvolvimento pessoal e profissional, além disso o ajuda a manter a dignidade. Acredite, seu valor está em você mesmo. Não se deixe vencer, não seja igual, seja diferente. Se nos deixarmos vencer, não haverá surpresas, nem alegrias ... Conscientize - se que a verdadeira felicidade está dentro de você. A felicidade não é ter ou alcançar, mas sim dar. Estenda sua mão. Compartilhe. Sorria. Abrace. A felicidade é um perfume que você não pode passar nos outros sem que o cheiro fique um pouco em suas mãos. O importante de você ter uma atitude positiva diante da vida, ter o desejo de mostrar o que tem de melhor, é que isso produz maravilhosos efeitos colaterais. Não só cria um espaço feliz para o que estão ao seu redor, como também encoraja outras pessoas a serem mais positivas. O tempo para ser feliz é agora. O lugar para ser feliz é aqui!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Contos Infantis, " Peter Pan".


Peter Pan vive junto com sua fadinha chamada Sininho na Terra do Nunca. Uma vez, Peter saiu da Terra do Nunca e foi voar por aí e começou a escutar uma voz doce, a voz de uma menina que, contava uma história. Ele curioso, foi até a janela dessa menina e se apaixonou a primeira vista! A menina linda se chamava Wendy, tinha cabelos castanho claro e olhos verdes. Ela tinha dois irmãos: João e Miguel. Peter se apresentou a eles e os convidou para dar uma volta. Os irmãos de Wendy não queriam ir, mas a irmã estava tão fascinada com aquilo tudo que foram para acompanhá-la. E eles foram voando de mãos dadas com Peter Pan e encantados com aquilo tudo que estava acontecendo e não acreditando que eles estavam voando. Já para Peter, isso era a coisa mais normal do mundo. Wendy e seus irmãos conheceram a aldeia dos índios, avistaram o barco pirata e viram os meninos perdidos. Tudo isso de lá de cima. De repente, Capitão Gancho avista Peter Pan e seus novos amigos e manda canhões em direção a eles. Wendy neste momento quase foi atingida e se desequilibra e ameaça cair. Porém, Peter a segura, fazendo com que os dois se apaixonem cada vez mais. Peter, Wendy e seus irmãos conseguem fugir e vão se esconder na casa dos meninos perdidos. Eles moravam dentro de uma árvore oca e usavam roupas todas rasgadas. Se encantaram com Wendy e seu cheiro. Wendy vendo que eles nunca tinha tido contato com uma menina, começou a contar lindas histórias para eles. Um belo dia, Capitão Gancho raptou a Princesa dos Índios. Todos se mobilizaram e Peter Pan a salvou do Capitão Gancho. O tempo passou e não satisfeito, o Capitão armou o plano de raptar desta vez os meninos perdidos e conseguiu! Os raptou e os levou para seu navio. Lá, ele os jogaria no mar para serem engolidos pelo crocodilo tic tac. Mas quando o pior iria acontecer, Peter Pan aparece e salva seus amigos. Ele luta valentemente contra o Capitão Gancho e vence a batalha. Wendy então pede para voltar com seus irmãos para sua casa, pois seus pais poderiam estar preocupados. Peter Pan então os leva. Ao chegar na casa de Wendy, seus irmãos entram e ela fica para dar o último adeus a Peter Pan. Eles conversam e ela pergunta se ele não quer ficar ali com eles. Ele diz que não, pois a Terra do Nunca é a sua casa e lá ele não cresceria e poderia viver para sempre como criança. Ele se despede de Wendy e voa. Ela o observa pela janela, o contemplando e pede bem baixinho que ele nunca deixe de olhar por ela.

A força e a coragem.


ter força para ser firme, mas é preciso coragem para ser gentil. É preciso ter força para se defender, mas é preciso coragem para baixar a guarda. É preciso ter força para ganhar uma guerra, mas é preciso coragem para se render.É preciso É preciso ter força para estar certo, mas é preciso coragem para ter dúvida. É preciso ter força para manter-se em forma, mas é preciso coragem para ficar em pé. É preciso ter força para sentir a dor de um amigo, mas é preciso coragem para sentir as próprias dores. É preciso ter força para esconder os próprios males, mas é preciso coragem para demonstrá-los. É preciso ter força para suportar o abuso, mas é preciso coragem para faze-lo parar. É preciso ter força para ficar sozinho, mas é preciso coragem para pedir apoio. É preciso ter força para amar, mas é preciso coragem para ser amado. É preciso ter força para sobreviver, mas é preciso coragem para viver. Se você sente que lhe faltam a força e a coragem, peça a Deus que vai abraçá-lo hoje com seu calor e Amor!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A arte de envelhecer.


Conta um jovem universitário que no seu primeiro dia de aula o professor se apresentou e pediu que todos procurassem conhecer alguém que ainda não conheciam. Ele ficou de pé e olhou ao redor, quando uma mão lhe tocou suavemente o ombro. Deu meia volta e viu uma velhinha enrugada, cujo sorriso lhe iluminava todo seu ser. Ela lhe falou sorrindo: Oi, gato. Meu nome é Rose. Tenho oitenta e sete anos. Posso lhe dar um abraço? O moço riu e respondeu com entusiasmo: claro que pode! Ela lhe deu um abraço muito forte. Por que a senhora está na Universidade numa idade tão jovem, tão inocente? Perguntou-lhe o rapaz. Rindo, ela respondeu: estou aqui para encontrar um marido rico, casar-me, ter uns dois filhos e, logo me aposentar e viajar. Eu falo sério, disse seu jovem colega. Quero saber o que a motiva a enfrentar esse desafio na sua idade. Rose respondeu gentil: sempre sonhei em ter uma educação universitária e agora vou ter. Depois da aula ambos caminharam juntos por longo tempo e se tornaram bons amigos. Todos os dias durante os três meses seguintes saíam juntos da classe e conversavam sem parar. O jovem universitário estava fascinado em escutar aquela "máquina do tempo". Ela compartilhava com ele sua sabedoria e experiência. Durante o curso, Rose se fez muito popular na universidade. Fazia amizades onde quer que fosse. Gostava de se vestir bem e se alegrava com a atenção que recebia dos outros estudantes. Ao término do último semestre, Rose foi convidada para falar na festa de confraternização. Naquele dia ela deu a todos uma lição inesquecível. Logo que a apresentaram ela subiu ao palco e começou a pronunciar o discurso que havia preparado de antemão. Leu as primeiras frases e derrubou os cartões onde estavam seus apontamentos. Frustrada e um pouco envergonhada se inclinou sobre o microfone e disse simplesmente: Desculpem que esteja tão nervosa. Não vou poder voltar a colocar meu discurso em ordem. Assim, permitam-me, simplesmente, dizer-lhes o que sei. Enquanto todos riam, ela limpou a garganta e começou: Não deixamos de brincar porque estamos velhos; ficamos velhos porque deixamos de brincar. Há alguns segredos para manter-se jovem, ser feliz e triunfar. Temos que rir e encontrar o bom humor todos os dias. Temos que ter um ideal. Quando perdemos de vista nosso ideal, começamos a morrer. Há tantas pessoas caminhando por aí que estão mortas e nem sequer sabem! Há uma grande diferença entre estar velho e amadurecer. Se vocês têm dezenove anos e ficam um ano inteiro sem fazer nada produtivo se converterão em pessoas de vinte anos. Se eu tenho oitenta e sete anos e fico por um ano sem fazer nada de útil, completarei oitenta e oito anos. Todos podemos envelhecer. Não requer talento nem habilidade para isso. O importante é amadurecer encontrando sempre a oportunidade na mudança. Não me arrependo de nada. Nós, de mais idade, geralmente não nos arrependemos do que fizemos mas do que não fizemos. E, por fim, os únicos que temem a morte são os que têm remorso. Terminou seu discurso cantando "A rosa". Pediu a todos que estudassem a letra da canção e a colocassem em prática em suas vidas. Rose terminou seus estudos e, uma semana depois da formatura, morreu tranquilamente enquanto dormia. Mais de dois mil estudantes universitários assistiram as honras fúnebres para render tributo à maravilhosa mulher que lhes ensinou, com seu exemplo, que nunca é demasiado tarde para chegar a ser tudo o que se pode e deve ser. Pense nisso! O importante não é acumular muitos anos de vida, mas adquirir sabedoria em todos os momentos que os anos nos oferecem. Afinal, envelhecer é obrigatório, amadurecer é opcional. Pense nisso.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Fábulas . Esopo. O gato, o galo e o ratinho.


Um ratinho vivia em um buraco com sua mãe. Depois de sair pela primeira vez sozinho, falou para ela. - Mãe, você não imagina os bichos estranhos que encontrei! Um era belo e delicado, tinha um pelo muito macio e um rabo elegante, um rabo que se movia formando ondas. O outro era um monstro horrível. No alto da cabeça e debaixo do queixo ele tinha pedaços de carne crua que balançava quando ele andava. Subitamente os lados do corpo dele se sacudiam ele eu um grito apavorante . Fiquei com tanto medo que fugi correndo, na hora que ia conversar um pouco com o mais simpático. - Ah , meu filho! - Respondeu a mãe- Esse seu monstro era uma ave inofensiva, o outro era um gato feroz, que em um segundo teria te devorado. Moral da história: Jamais confie nas aparências. Fábulas de Esopo.

Contos Infantis. Chapeuzinho Vermelho.


Era uma vez, numa pequena cidade às margens da floresta, uma menina de olhos negros e louros cabelos cacheados, tão graciosa quanto valiosa. Um dia, com um retalho de tecido vermelho, sua mãe costurou para ela uma curta capa com capuz; ficou uma belezinha, combinando muito bem com os cabelos louros e os olhos negros da menina. Daquele dia em diante, a menina não quis mais saber de vestir outra roupa, senão aquela e, com o tempo, os moradores da vila passaram a chamá-la de “Chapeuzinho Vermelho”. Além da mãe, Chapeuzinho Vermelho não tinha outros parentes, a não ser uma avó bem velhinha, que nem conseguia mais sair de casa. Morava numa casinha, no interior da mata. De vez em quando ia lá visitá-la com sua mãe, e sempre levavam alguns mantimentos. Um dia, a mãe da menina preparou algumas broas das quais a avó gostava muito mas, quando acabou de assar os quitutes, estava tão cansada que não tinha mais ânimo para andar pela floresta e levá-las para a velhinha. Então, chamou a filha: — Chapeuzinho Vermelho, vá levar estas broinhas para a vovó, ela gostará muito. Disseram-me que há alguns dias ela não passa bem e, com certeza, não tem vontade de cozinhar. — Vou agora mesmo, mamãe. — Tome cuidado, não pare para conversar com ninguém e vá direitinho, sem desviar do caminho certo. Há muitos perigos na floresta! — Tomarei cuidado, mamãe, não se preocupe. A mãe arrumou as broas em um cesto e colocou também um pote de geléia e um tablete de manteiga. A vovó gostava de comer as broinhas com manteiga fresquinha e geléia. Chapeuzinho Vermelho pegou o cesto e foi embora. A mata era cerrada e escura. No meio das árvores somente se ouvia o chilrear de alguns pássaros e, ao longe, o ruído dos machados dos lenhadores. A menina ia por uma trilha quando, de repente, apareceu-lhe na frente um lobo enorme, de pêlo escuro e olhos brilhantes. Olhando para aquela linda menina, o lobo pensou que ela devia ser macia e saborosa. Queria mesmo devorá-la num bocado só. Mas não teve coragem, temendo os cortadores de lenha que poderiam ouvir os gritos da vítima. Por isso, decidiu usar de astúcia. — Bom dia, linda menina — disse com voz doce. — Bom dia — respondeu Chapeuzinho Vermelho. — Qual é seu nome? — Chapeuzinho Vermelho — Um nome bem certinho para você. Mas diga-me, Chapeuzinho Vermelho, onde está indo assim tão só? — Vou visitar minha avó, que não está muito bem de saúde. — Muito bem! E onde mora sua avó? — Mais além, no interior da mata. — Explique melhor, Chapeuzinho Vermelho. — Numa casinha com as venezianas verdes, logo após o velho engenho de açúcar. O lobo teve uma idéia e propôs: — Gostaria de ir também visitar sua avó doente. Vamos fazer uma aposta, para ver quem chega primeiro. Eu irei por aquele atalho lá abaixo, e você poderá seguir por este. Chapeuzinho Vermelho aceitou a proposta. — Um, dois, três, e já! — gritou o lobo. Conhecendo a floresta tão bem quanto seu nariz, o lobo escolhera para ele o trajeto mais breve, e não demorou muito para alcançar a casinha da vovó. Bateu à porta o mais delicadamente possível, com suas enormes patas. — Quem é? — perguntou a avó. O lobo fez uma vozinha doce, doce, para responder: — Sou eu, sua netinha, vovó. Trago broas feitas em casa, um vidro de geléia e manteiga fresca. A boa velhinha, que ainda estava deitada, respondeu: — Puxe a tranca, e a porta se abrirá. O lobo entrou, chegou ao meio do quarto com um só pulo e devorou a pobre vovozinha, antes que ela pudesse gritar. Em seguida, fechou a porta. Enfiou-se embaixo das cobertas e ficou à espera de Chapeuzinho Vermelho. A essa altura, Chapeuzinho Vermelho já tinha esquecido do lobo e da aposta sobre quem chegaria primeiro. Ia andando devagar pelo atalho, parando aqui e acolá: ora era atraída por uma árvore carregada de pitangas, ora ficava observando o vôo de uma borboleta, ou ainda um ágil esquilo. Parou um pouco para colher um maço de flores do campo, encantou-se a observar uma procissão de formigas e correu atrás de uma joaninha. Finalmente, chegou à casa da vovó e bateu de leve na porta. — Quem está aí? — perguntou o lobo, esquecendo de disfarçar a voz. Chapeuzinho Vermelho se espantou um pouco com a voz rouca, mas pensou que fosse porque a vovó ainda estava gripada. — É Chapeuzinho Vermelho, sua netinha. Estou trazendo broinhas, um pote de geléia e manteiga bem fresquinha! Mas aí o lobo se lembrou de afinar a voz cavernosa antes de responder: — Puxe o trinco, e a porta se abrirá. — Chapeuzinho Vermelho puxou o trinco e abriu a porta. O lobo estava escondido, embaixo das cobertas, só deixando aparecer a touca que a vovó usava para dormir. — Coloque as broinhas, a geléia e a manteiga no armário, minha querida netinha, e venha aqui até a minha cama. Tenho muito frio, e você me ajudará a me aquecer um pouquinho. Chapeuzinho Vermelho obedeceu e se enfiou embaixo das cobertas. Mas estranhou o aspecto da avó. Antes de tudo, estava muito peluda! Seria efeito da doença? E foi reparando: — Oh, vovozinha, que braços longos você tem! — São para abraçá-la melhor, minha querida menina! — Oh, vovozinha, que olhos grandes você tem! — São para enxergar também no escuro, minha menina! — Oh, vovozinha, que orelhas compridas você tem! — São para ouvir tudo, queridinha! — Oh, vovozinha, que boca enorme você tem! — É para engolir você melhor!!! Assim dizendo, o lobo mau deu um pulo e, num movimento só, comeu a pobre Chapeuzinho Vermelho. Mas um caçador estava passando por ali e ouviu tudo. Pegou um machado, abriu a barriga do lobo enquanto ele dormia e tirou de lá Chapeuzinho Vermelho e a vovó. Em seguida, encheu a barriga dele com pedras. Quando o lobo acordou, não conseguia se levantar de tão pesado que estava e acabou caindo no lago.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Ditados Populares ACABAR EM PIZZA


Uma das expressões mais usadas no meio político é “tudo acabou em pizza”, empregada quando algo errado é julgado sem que ninguém seja punido. O termo surgiu no futebol. Na década de 60, alguns cartolas palmeirenses se reuniram para resolver alguns problemas e, depois de 14 horas seguidas de brigas e discussões, estavam com muita fome. Assim, todos foram a uma pizzaria, tomaram muito chope e pediram 18 pizzas grandes. Depois disso, simplesmente esqueceram o assunto, foram para casa e a paz reinou. Depois desse episódio, Milton Peruzzi, que trabalhava no jornal Gazeta Esportiva, publicou a seguinte manchete: “Crise Do Palmeiras Termina Em Pizza”. Daí em diante, a expressão pegou.

domingo, 21 de setembro de 2014

Provérbios engraçados.


“O importante não é ganhar, mas fazer o outro perder.” “Príncipe Encantado só há um e casou-se com a Cinderela.” “Quem ri por último é de raciocínio lento.” “Se o trabalho dá saúde, que trabalhem os doentes.” “Mal por mal, antes cadeia que hospital.” “Ter a consciência limpa é ter a memória fraca.” “O suicídio é um pecado.... mortal.” “Duas palavras abrem qualquer porta: puxe e empurre” “Há males que vêm para pior.” “O trabalho é sagrado, não o toque.” “A esperança e a sogra são sempre as últimas a morrer.” “No avião, o medo é passageiro.” “A vida é maravilhosa, sem ela estaríamos mortos.” “A prática leva à perfeição, excepto na roleta russa.” “Há males que vêm… sempre para os mesmos.” “Burro velho… é porque viveu muito.” “Tristezas não pagam dividas… e alegrias também não.” “Quem tudo quer… sempre apanha alguma coisa.” “Os últimos são sempre… os que perdem.” “Quem não arrisca… não fica sem nada.” “Quem dá aos pobres… fica sem ele.” “Tristezas não pagam dividas… e alegrias também não.” “A noite é boa… para dormir.” “Gordura é formosura… mas vai fazendo ginástica.” “No melhor fato… usa a melhor gravata.” “Tudo o que cai na rede… é golo.” “Há alguma coisa errada que não está certo.” “Nem tudo que balança, está no parque.” “Existem dois tipos de esparadrapo: os que não grudam e os que não saem.” “Em terra de cego, quem é cego não faz mais que a obrigação.” “Lotaria: um imposto sobre as pessoas que são ruins em matemática.” “Meu Deus protegei-me de meus amigos! Dos meus inimigos eu me encarregarei.” “Se a montanha vem até ti, foge. Trata-se de um desmoronamento.” “A fé remove montanhas, mas ainda prefiro a dinamite.” “Escrever é transformar os seus piores momentos em dinheiro.” “Espelhos deveriam pensar duas vezes antes de refletir.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A Lenda do Colar.


Li certa vez uma lenda, que não sei quem escreveu, mas que me fez muito bem. Dizia que um rei tinha dado à sua filha, a princesa, um belo colar de diamantes. Mas o colar foi roubado e as pessoas do reino procuraram por toda a parte sem conseguir encontrá-lo. Alguém havia dito ao rei que seria impossível encontrá-lo, porque um pássaro o teria levado fascinado por seu brilho. O rei, desesperado, então ofereceu uma grande recompensa para quem o encontrasse. Um dia, um rapaz caminhava de volta para casa ao longo de um lago sujo e mal cheiroso. Enquanto andava, o rapaz viu algo brilhar no lago e quando olhou viu o colar de diamantes. Tentou pegá-lo, pôs sua mão no lago imundo e agarrou o colar, mas não conseguiu segurá-lo, o perdeu. No entanto, o colar continuava lá no mesmo lugar, imóvel. Então, desta vez ele entrou no lago, mesmo sujo, e afundou seu braço inteiro para pegar o colar; mas não conseguiu de novo, o colar escapava-lhe. Saiu, sentou e pensou de ir embora, sentindo-se deprimido. Mas, de novo ele viu o colar brilhando. Decidiu agora mergulhar no lago, embora fosse sujo. Seu corpo ficou todo sujo, mas ainda assim não conseguiu pegar o colar. Ficou realmente aturdido e saiu, sentou-se às margens do lago, pensativo... que mistério! Um velho que passava por ali o viu angustiado, e perguntou-lhe o que estava havendo. O rapaz não quis contar para o velho com medo de perder a recompensa do rei. Mas o velho pediu ao rapaz que lhe contasse qual o problema, e prometeu que não contaria nada para ninguém e não o atrapalharia em nada. O rapaz, dando o colar por perdido, decidiu contar ao velho. Contou tudo sobre o colar e como ele tentou pegá-lo, mas fracassando. O velho então lhe disse que talvez ele devesse “olhar para cima”, em direção aos galhos da árvore, em vez de olhar para o lago imundo. O rapaz olhou para cima e, para sua surpresa, o colar estava pendurado no galho de uma árvore. Tinha o tempo todo, tentado capturar um simples reflexo do colar... A felicidade material é como este colar brilhante no lago deste mundo; pois é um mero reflexo da felicidade verdadeira do mundo espiritual. É melhor “olhar para cima”, em direção a Deus, que é a fonte da felicidade real, do que ficar perseguindo o reflexo desta felicidade no mundo material. A felicidade espiritual é a única coisa que pode nos satisfazer completamente. Não é o que diz o Salmista? “O homem passa como uma sombra, é em vão que ele se agita; amontoa sem saber quem recolherá” (Sl 38,7)

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Vidas e Sonhos

Vidas e Sonhos
Sonhar é transportar num Mundo de Sonhos
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